Joaquim Couto dá prioridade à coesão social e ao emprego

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 Presidente Joaquim Couto reclama maior descentralização dos fundos comunitários para Santo Tirso

Joaquim Couto anunciou no seu primeiro discurso publico, após a tomada de posse, terça-feira 15 de outubro, que a sua primeira ação como presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso será iniciar um estudo de viabilidade da diminuição de tarifas e impostos municipais, para as famílias mais carenciadas do concelho. “As medidas de ataque deste Governo à classe média e aos pensionistas impõe que a nossa preocupação para os próximos quatro anos se centre na coesão social”, justificou, revelando que a ideia é que já em 2014, “exista um impacto real nos orçamentos das famílias com maiores dificuldades económicas em Santo Tirso, nomeadamente no Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), ou nas tarifas da água e resíduos sólidos”.

Face ao contexto económico e social que o país atravessa, Joaquim Couto admitiu a possibilidade de ajustar as prioridades da Câmara Municipal de Santo Tirso. “Não teremos dúvidas de que, se for necessário, iremos reavaliar os concursos e investimentos recentes, de forma a reorientar as nossas prioridades políticas para o concelho”, assumiu. Por isso, o presidente da autarquia enunciou outras medidas de âmbito social, nomeadamente o aumento do número de famílias abrangidas pelo Apoio Municipal ao Arrendamento, a criação de condições para que todas as crianças de Santo Tirso tenham direito às vacinas que não estão incluídas no Plano Nacional de Vacinação e, ainda, a criação de uma bolsa de medicamentos “que permita que nenhum idoso fique sem os seus fármacos por falta de dinheiro”.

A par da coesão social, Joaquim Couto elege ainda como prioridade para o seu mandato as questões do emprego e da competitividade. O autarca socialista reconheceu que “são fatores mais dependentes da política governamental, do que das políticas locais”. Contudo, realçou, “a autarquia pode e deve concorrer para melhorar a competitividade do concelho”. Nesse sentido, “iremos fazer um esforço adicional na captação de investimento privado, nacional e estrangeiro, e promover a economia social, através da criação de emprego nas áreas de apoio social”, anunciou.

Criticando o Governo pelo “aumento dramático da exclusão social e da pobreza”, Joaquim Couto reclamou uma maior descentralização e prometeu estar atento ao próximo quadro comunitário de apoio. “Saberemos reivindicar o apoio que Santo Tirso e a Região Norte têm direito. Tem de haver uma clarividência por parte dos governantes centrais, descentralizando os fundos comunitários, de acordo com as necessidades de cada concelho”.

 

“POR UM CONCELHO MAIS INTERVENTIVO”

O presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso prometeu ainda uma maior intervenção política no contexto regional. A partir de hoje, enfatizou, “podem contar com um concelho mais interventivo e empenhado no desenvolvimento de políticas e opções comuns na Área Metropolitana do Porto e no Norte de Portugal”.

No âmbito da diplomacia económica, Joaquim Couto apontou duas orientações concretas: potenciar as relações com as cidades geminadas, através de intercâmbios empresariais e implementar projetos a curto prazo com a Argélia e Angola.

A projeção do município passará, segundo o autarca, pela criação de uma Marca Santo Tirso, onde o turismo assumirá particular relevo. “Temos potencialidades paisagísticas, arquitetónicas, culturais e económicas que devem ser potenciadas, desde o Museu Internacional de Escultura ao Ar Livre, o Mosteiro de São Bento, candidato a Património Mundial da Humanidade, à frente ribeirinha, com as suas potencialidades de lazer”.

No seu discurso, Joaquim Couto anunciou ainda a instalação de uma instituição pós-universitária na Fábrica de Santo Tirso: “Será um polo de investigação e formação que queremos que arranque o mais rápido possível, talvez já a partir do próximo ano letivo 2014/2015”.

A cerimónia de tomada de posse da Câmara Municipal e da Assembleia Municipal de Santo Tirso decorreu também no átrio dos Paços do Concelho. Para o executivo camarário tomaram posse pelo PS, para além do presidente, os vereadores Luciano Gomes, Ana Maria Ferreira, José Pedro Machado e Alberto Costa. Pelo PSD, Alírio Canceles, Carlos Pacheco, Mafalda Roriz e José Manuel Machado.

Já na Assembleia Municipal o PS tem 22 deputados, o PSD 14, a CDU dois, o CDS-PP um, o Movimento “Para a Frente Santo Tirso” um e Movimento “Independente por Água Longa”  um.

 

 

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