Alunos de Famalicão lançam exposição itinerante sobre Alberto Sampaio

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Durante o mês de agosto, está patente no Arquivo Municipal Alberto Sampaio, no centro da cidade de Vila Nova de Famalicão a exposição “Percursos Divergentes, Destinos Concordantes: olhares sobre cinco áreas de interesse de Alberto Sampaio (1841-1908)”.

A mostra inserida na programação dos 175 Anos do Nascimento de Alberto Sampaio foi criada pelos alunos e professores dos Cursos Profissionais de Técnico de Design Gráfico, Técnico de Audiovisuais e ainda a equipa educativa da Biblioteca do Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco.

“A ideia nasceu a partir de um desafio lançado pelo Arquivo Municipal com o objetivo de vermos o Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco associado às comemorações de Alberto Sampaio”, começa por explicar o diretor do curso de Design Gráfico, Nuno Antunes.

“A resposta dos alunos foi excelente e com o apoio da docente da disciplina de História e Cultura das Artes, o resultado começou a surgir, sendo que cada suporte gráfico foi elaborado com as propostas dos alunos”, referiu o responsável, acrescentando que “o projeto durou um ano letivo a ser concretizado e envolveu cerca de 20 alunos do 10.º ano e seis professores”.

A mostra é composta por cinco telas que exploram cinco áreas de interesse de Alberto Sampaio, nomeadamente: Política, História, Cultura, Industria e Agricultura.

A exposição foi inaugurada na escola sede do Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco no passado dia 8 de Junho, ganhando agora o caráter itinerante, percorrendo escolas e espaços culturais da região norte.

Na altura da inauguração, Emília Nóvoa, técnica do Arquivo Alberto Sampaio abordou o relacionamento existente entre Alberto Sampaio e o escritor Camilo Castelo Branco, patrono do agrupamento. “O relacionamento entre os dois ocorreu, sobretudo, num período muito preciso das suas vidas, tinha Camilo perto de cinquenta anos e Sampaio trinta e poucos. É provável que se tivessem conhecido na Casa do Mosteiro de Landim, propriedade de António Vicente de Carvalho Leal e Sousa, sogro do irmão de Alberto Sampaio, com quem Camilo privava desde que fora viver para Seide, ou talvez tivessem sido apresentados pelo sobrinho de Camilo, António de Azevedo Castelo Branco, amigo dos irmãos Sampaio e colega de curso na Faculdade de Direito de Coimbra. Certo é que foi o gosto pela literatura a razão da aproximação entre ambos e o leitmotiv para Camilo propor ao jovem Alberto Sampaio a tradução, a “quatro mãos”, da Formosa Lusitania, obra escrita por Catherine Lady Jackson e, quase em simultâneo, a colaboração na sua empresa literária “Leitura para Todos”, fundada no Porto, em 1873.

Para o vereador da Educação da autarquia famalicense, Leonel Rocha, “a exposição  cumpre vários propósitos, sendo de destacar, obviamente, a divulgação de Alberto Sampaio, através da perspetiva dos alunos, mas cumpre, também, o propósito de conseguir envolver a nossa comunidade escolar com os valores humanos e patrimoniais da nossa terra. Estamos a pôr em prática o território educador.”

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