Bloco de Esquerda valoriza do património industrial do Vale do Ave

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O projeto do Bloco pela valorização do património industrial do Vale do Ave foi aprovado na Assembleia da República.

O partido pretende que o Governo solicite à Direção Geral do Património Cultural (DGPC) um levantamento dos imóveis industriais do Vale do Ave, tendo em vista uma eventual classificação dos mesmos, crie uma linha de financiamento para investigação científica da a Fundação para a Ciência e a Tecnologia com o objetivo de aprofundar o conhecimento científico e académico sobre o objeto em causa, e elabore um novo Roteiro Histórico do Património Industrial do Vale do Ave através do Turismo de Portugal e do Turismo do Porto e Norte de Portugal.

O Património Industrial no Vale do Ave: o Têxtil instala-se numa das mais importantes unidades fabris, no concelho de Santo Tirso, freguesia das Aves. A “Fábrica de Fiação do Rio Vizela”. O edifício original foi destruído alvo de um incêndio em 1922, o que obrigou à sua reconstrução, já com característica mais modernas e um processo industrial mais avançado. Outro dos exemplos mais emblemáticos do aparecimento do ramo têxtil neste território é o aparecimento da “Sampo, Ferreira & Companhia”, em Riba d’Ave. Do mesmo dono Narciso Ferreira, surgiram mais nove empreendimentos fabris. São disso exemplo, em 1905, da Empresa Têxtil Eléctrica, que foi a primeira fábrica eletrificada na região. Dois anos passados e, em Vila Nova de Famalicão, surge a Faria N. Guimarães e Companhia de Delães, mais uma fábrica que, neste caso, foi instalada ainda para aproveitar a corrente do rio, reforçada através das antigas moendas medievais. Os anos seguintes foram marcados pela multiplicação de unidades fabris em todo o território:

– Empresa Industrial de Negrelos (Aves) em 1920: fábrica de tecidos, moagens e engenho de serração com duas novas rodas hídricas;

-Empresa Fabril do Lordelo, em 1921: aprovação do licenciamento para a construção desta fábrica de tecidos com rodas hidráulicas, na margem direita do Rio Vizela;

– Empresa Industrial de Santo Tirso, Lda (Santo Tirso).: processo de modernização em 1952, com a construção de novos armazéns junto à margem do ribeiro de Sanguinhedo;

– Empresa Fabril Tirsense (Santo Tirso) em 1968: obras de ampliação com poços em profundidade para colocação de colunas no Rio Ave e, assim, ampliar o edifício principal;

– Ribeiro e Reis, Lda. (São Martinho, Santo Tirso) em 1964: construção de um armazém de desperdícios de algodão, suspenso por pegões sobre a margem esquerda do ribeiro de Paradela (Ave);

– Empresa Industrial do Campo (Ribeiro de Fundelho, Vizela – São Martinho do Campo, Santo Tirso) em 1927 transforma um antigo engenho de lagar de azeite e parte de uns antigos moinhos por uma produção de serração. Só em 1940 é que legaliza o edifício com as alterações já realizadas;

– Fábrica de Tecidos da Ponte de Negrelos em 1928 inicia a sua atividade, sendo uma das primeiras unidades fabris a funcionar a carvão no ramo têxtil.

-Fábrica de Fiação e Tecidos de Fafe (anteriormente denominada de Fábrica do ferro) em 1987, composta pelo edifício fabril e ainda uma creche, uma cantina e um lactário. Atualmente, é o Museu Regional da Eletricidade.

O crescimento da indústria no Vale do Ave tem características muito particulares

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