Vai ser remetida ao Ministério Público por indícios da prática de crime de participação em motim.
Diligências preliminares efetuadas pela Polícia de Segurança Pública (PSP) indicam que, apesar de os adeptos da equipa do Hajduk Split terem sido acompanhados por elementos da polícia croata, há indícios de que os adeptos organizaram a sua chegada ao país de forma a não serem detetados pelas autoridades e que os incidentes ocorridos ontem à noite em Guimarães foram organizados com elevado grau de premeditação, com participação de membros de pelo menos um grupo organizado de adeptos nacional.
Na verdade, verificou-se que apenas um pequeno grupo de adeptos organizou a sua deslocação com conhecimento das autoridades, entrando em Portugal por via aérea, tendo os demais contado com o apoio de membros de claques associadas a clubes portugueses para a organização das suas deslocações e estadia.
Verificou-se que um elevado número de adeptos se instalou em diferentes localidades da Região Norte, tendo utilizado diversos meios de transporte para esse efeito.
Nos dias que antecederam o jogo, a PSP montou um dispositivo operacional adequado e que foi imediatamente reforçado aquando da verificação dos incidentes no Centro Histórico de Guimarães, o qual permitiu a identificação de 154 adeptos, dos quais 122 de nacionalidade croata, 23 portugueses e os restantes de outras quatro nacionalidades.
A PSP reforçou de novo a presença policial em Guimarães, que se manterá até que os adeptos croatas regressem ao seu país, contando também com a colaboração da Guarda Nacional Republicana noutras localidade do país. A PSP irá ainda adotar medidas de vigilância sobre os membros dos grupos organizados de adeptos portugueses que possam protagonizar situações de alteração da ordem pública.
Identificação dos adeptos que terça-feira causaram distúrbios na cidade de Guimarães
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