Festival sonoridades arranca a 28 de abril com concerto dos: Papercutz

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CICLO DE CONCERTOS EM VILA DAS AVES INCLUI GLOCKENWISE, O GAJO
E ANDRÉ HENRIQUES, ALÉM DE UM FILME-CONCERTO PARA OS MAIS PEQUENOS

O Centro Cultural Municipal de Vila das Aves volta a receber, de 28 de abril a 1 de maio, o festival Sonoridades. A banda :Papercutz, os Glockenwise, O Gajo e André Henriques são os nomes do cartaz da edição deste ano, que conta ainda com a exibição do filme-concerto “O Balão Vermelho”.

Promovido pela Câmara Municipal de Santo Tirso, em parceria com a produtora 1Bigo, o Sonoridades aposta na promoção de novos valores da música nacional através da realização de um ciclo de concertos com músicos emergentes e outros já consagrados, este ano em “diálogo” com artistas do concelho.

O cartaz abre na noite de 28 de abril, às 22h00, com a pop-eletrónica dos :Papercutz, a banda portuense liderada pelo premiado produtor Bruno Miguel. Com três álbuns de originais publicados, o último intitulado “King Ruiner” (2020), os :Papercutz editam este ano “So Far So Fading”, disco concebido entre Portugal e Islândia. O novo trabalho reúne novos arranjos de canções das diversas edições do projeto e composições originais com convidados como o orquestrador Bruno Pinto Ferreira e um ensemble de vozes e instrumentistas.

O álbum, com edição internacional da Alemã K7 Records, traduz-se num dos mais ambiciosos projetos de Bruno Miguel, concebido com Francesco Fabris (engenheiro responsável por diversas e premiadas bandas sonoras de filmes), com gravações no Conservatório do Porto e palavras do escritor Daniel Jonas.

Na manhã do dia seguinte, 29 de abril, pelas 11h00, o Sonoridades abre-se pela primeira vez ao público mais pequeno, com um filme-concerto pelo Teatro da Lua, num espetáculo que conjuga “O Balão Vermelho”, premiado filme de Albert Lamorisse (França, 1956), com banda sonora original interpretada ao vivo pelos músicos Filipe Miranda e Lisete Santos.

À noite, pelas 22h00, sobem ao palco do Centro Cultural de Vila das Aves os Glockenwise. Com um rock despretensioso, típico de jovens que não têm nada mais importante para fazer do que canções, a banda estreou-se com os discos “Building Waves” (2011), “Leeches” (2013) e “Heats” (2015). Mas, a maturidade chegou, a urgência punk abrandou e, em 2018, surgem uns Glockenwise diferentes, com a língua portuguesa a assumir o protagonismo.

“Plástico” foi o primeiro trabalho da nova fase da banda (disco nacional do ano para a Antena 3 e jornal Público), no qual tanto há espaço para gestos prosaicos do quotidiano, como para temas profundos. Entretanto, em fevereiro deste ano, surge “Gótico Português” como grito de independência artística. Segundo o jornal Público, trata-se de “uma busca pela identidade com a ajuda da ceramista Rosa Ramalho, do Museu de Lamas e dos Cure”.

O festival Sonoridades prossegue no dia 30 de abril, com a atuação de João Morais – O Gajo, a partir das 22h00, que terá a companhia do Grupo de Sanfonas da Escola de Música Tradicional da Ponte Velha.

João Morais começou a tocar guitarra aos 15 anos, seguindo um percurso sólido no Punk Rock. Em 2016, mergulhou nas raízes da música portuguesa, conferindo nova sonoridade para a viola campaniça. Assim começou o caminho d’O Gajo, inspirado nas suas referências da world music com que tem conquistado o público. Em 2021, editou “Subterrâneos”, álbum que conta com a participação de Carlos Barretto (contrabaixo) e José Salgueiro (percussão). Este ano de 2023 marca o início de um novo ciclo d’O Gajo, que nos leva para um espaço de experimentação e de transição, um “Não Lugar” que acaba por dar nome ao seu novo disco a publicar no início do ano e apresenta novas explorações da viola campaniça.

O Sonoridades encerra no dia 1 de maio, a partir das 18h00, com a atuação de André Henriques, um nome imperdível no panorama da música portuguesa atual. Com uma carreira consistente nos Linda Martini, André Henriques tem-se destacado na escrita de canções pela forma como subverte os alicerces da música pop, o seu constante namoro com o fado e a canção portuguesa, bem como pelas suas letras emotivas e contundentes.

Nos últimos anos, o músico tem-se dedicado à escrita de canções para outros intérpretes, como Cristina Branco, Filho da Mãe e Lara Li (é autor de “Funâmbula”, tema a concurso no Festival da Canção 2023). Em 2020 apresentou o disco de estreia a solo, “Cajarana”, considerado um dos melhores desse ano. O sucessor de “Cajarana” será publicado este ano e nele o compositor conta com os contributos dos músicos brasileiros Ricardo Dias Gomes e Domenico Lancellotti.

Com um preço de três euros por concerto, os bilhetes para a edição deste ano do festival Sonoridades podem ser adquiridos na Loja Interativa de Turismo de Santo Tirso ou no Centro Cultural Municipal de Vila das Aves.

Nos mesmos locais estão, também, à venda as entradas para o filme-concerto “O Balão Vermelho”, com o preço único de um euro.

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