Sonoridades de regresso de 1 a 4 de maio

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Festival decorre no Centro Cultural de Vila das Aves

O Centro Cultural Municipal de Vila das Aves volta a receber, entre os dias 1 e 4 de maio, a 8.ª edição do Sonoridades. Cachupa Psicadélica, B Fachada, Miss Universo e Bia Maria são os nomes do cartaz, que conta ainda com o teatro musical “Costurar Cantigas e Histórias”.

O festival Sonoridades, promovido pela Câmara Municipal de Santo Tirso em parceria com a produtora 1bigo – Artistas e Eventos, está de regresso ao Centro Cultural Municipal de Vila da Aves. Nos quatro primeiros dias de maio, o evento vai trazer os novos sons da música moderna portuguesa a Santo Tirso.

Cachupa Psicadélica, B Fachada, Miss Universo e Bia Maria são os nomes que figuram no cartaz da 8.ª edição do Sonoridades, um festival que prima pela fusão de nomes emergentes e de sons de diferentes latitudes com figuras incontornáveis da música portuguesa.

A abertura da edição deste ano faz-se com o concerto de Cachupa Psicadélica, dia 1 de maio, pelas 18h30. Nascido e criado na ilha de São Vicente, Cabo Verde, Lula’s foi criança nos anos 80 e apaixonou-se pelo rock de Seattle na adolescência, num Mindelo de roqueiros latinos.

Deu por si a estudar nas Caldas da Rainha e, alguns projetos musicais depois, encontrou-se na encruzilhada da sua Cachupa Psicadélica, saída das entranhas de Cabo Verde, nação cultural, levando-o a ser nomeado na categoria de Artista Musical do Ano nos prémios “Somos Cabo Verde – Melhores do Ano”.

Até à data, conta com dois discos editados, “Último Caboverdiano Triste” (2015) e “Pomba Pardal” (2019), e tem colaborado com uma série de artistas, entre os quais Branko (Buraka Som Sistema), Cristina Branco e Mayra Andrade. No Sonoridades, o músico vai levantar o véu sobre algumas das novidades preparadas para o muito aguardado novo disco, a editar ainda este ano.

Na manhã de dia 2 de maio, pelas 11h00, há “Costurar Cantigas e Histórias”, da companhia Taleguinho. Criada e interpretada por Catarina Moura e Luís Pedro Madeira, a performance artística proporciona uma experiência de contacto com o património imaterial tradicional.

Através de histórias cantadas, as crianças terão a oportunidade de escutar ao vivo, num alinhamento recheado de temas tradicionais, canções, histórias, lengalengas, do aqui e do agora, interpretadas pelos personagens da Costureira e do Alfaiate de Canções.

O B Fachada sobe ao palco no mesmo dia, já pelas 22h00. Na música popular portuguesa do século XXI não há outra figura como a do projeto de Bernardo Fachada, compositor, multi-instrumentista e produtor.

Nascido em 1984, estudou música no Instituto Gregoriano de Lisboa e aprendeu piano. Mais tarde, frequentou a escola do Hot Clube de Portugal e, na Universidade, cursou Estudos Portugueses. Desde 2007, tem-se notabilizado por um espantoso ritmo de edições, através do qual frequentemente subverte o cânon, converte os dogmáticos e baralha as expetativas.

Entre formatos físico e digital, lançou cinco EPs, três miniálbuns charneira e sete registos de longa-duração, entre os quais, a obra-prima “Rapazes e Raposas” lançada sem aviso prévio nesse ano invulgar de 2020.

Apresentou-se nas mais emblemáticas salas de espetáculo portuguesas, mas muitos recordam com mais carinho as atuações divulgadas em cima da hora, em inesperados espaços que continuamente esgotam.

Às 22h00 de dia 3 de maio é a vez dos Miss Universo atuarem. O projeto nasce das suas raízes, mas floresce na procura da sua semente. Criada por André Ivo e Afonso Branco, a banda estreou-se com os singles “Ser Português” e “Canção da Rua”, até que em outubro do ano passado editou o álbum “Manifesto do Jovem Moderno”.

Composto por oito canções, o disco expõe o casamento entre a tradição e a vanguarda, num cruzamento entre velhos ritmos e novas melodias, uma janela sonora aberta ao cancioneiro revolucionário com a dose certa de contemporaneidade.

Ainda na casa dos vinte anos, André Ivo e Afonso Branco cresceram rodeados de música: o primeiro, neto do fadista José Manuel Rato, e Afonso Branco neto do músico e compositor José Mário Branco. Músicos como Manel Cruz, Fausto Bordalo Dias, José ‘Zeca’ Afonso, José Mário Branco e o projeto Criatura são das suas referências comuns.

Bia Maria fecha o programa deste 8.ª Sonoridades, subindo ao palco dia 4 de maio, pelas 18h30. O concerto da artista vai contar com a participação especial do Grupo Coral de Vila das Aves.

“Qualquer Um Pode Cantar” é o álbum de estreia de Bia Maria, publicado no final de 2024. Marca o ponto de inflexão entre o ambiente sonoro em que deu os primeiros passos – algures entre o canto popular, o fado e a bossa nova – e uma nova fome de mundo.

É um disco de pop comunitária, que faz jus ao maior lema da ainda curta carreira da artista de Ourém: o de “escreviver”. É um conjunto de letras perspicazes e afiadas, canções que cantam não só as suas ânsias mais pessoais, como as ânsias de uma geração de mulheres à procura do seu lugar no início da vida adulta. O disco sucede a três EPs editados em seu nome, entre 2019 e 2022.

Com um preço de três euros por concerto, os bilhetes para a edição deste ano do festival Sonoridades podem ser adquiridos em https://stirso.bol.pt/, na Loja Interativa de Turismo de Santo Tirso ou no Centro Cultural Municipal de Vila das Aves. A peça de teatro musical tem entrada livre.

Para mais informações, contactar 252 830 412 ou cultura@cm-stirso.pt.

 

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