Festival Internacional de Guitarra de Santo Tirso é espaço de “confluências” na 28.ª edição

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Com a guitarra no centro de um diálogo global de sonoridades e culturas, o Festival Internacional de Guitarra de Santo Tirso 2025 vai permitir viajar até Cuba (Joaquín Clerch), Austrália (Ken Murray), Itália (Duosfera), Espanha (Marcos Diaz), França e Coreia do Sul (Antoine Boyer & Yeore Kim). O Gajo, Tiago Matias e Pedro Rodrigues asseguram os créditos portugueses no festival.

Da tradição à inovação, do fado à música contemporânea, do jazz cigano às criações para viola campaniça ou harmónica, o Festival Internacional de Guitarra de Santo Tirso está de regresso para celebrar a guitarra em toda a sua diversidade e esplendor.

A 28.ª edição, este ano sob o tema “Confluências – O Som dos Encontros”, acontecerá de 15 a 19 de outubro, uma vez mais nas instalações da Fábrica de Santo Thyrso. O debate – entre músicos, investigadores e especialistas – sobre os desafios e oportunidades que a Inteligência Artificial traz ao universo musical também terá o seu espaço, a par de diversas outras iniciativas.

A sessão de apresentação do festival decorreu esta quarta-feira no Centro de Arte Alberto Carneiro, momento em que o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa, aproveitou para sublinhar o exercício da cidadania cultural do evento, dado que a programação tem colocado a proximidade num lugar central, incentivando a participação ativa das escolas, comunidades e instituições de Santo Tirso.

“Temos muito orgulho no facto de este nosso projeto se ter afirmado como um espaço de encontros e de confluências, entre artistas consagrados e novos talentos, entre os tirsenses e os que nos visitam, entre os inúmeros sons da guitarra e os corações de todos os que os ouvem”, salientou Alberto Costa.

A autarquia tirsense vê, precisamente, o festival como espaço de aprendizagem partilhada, onde a guitarra serve como veículo de diálogo, funcionando como motor de desenvolvimento humano e social.

Durante cinco dias, Santo Tirso voltará, assim, a afirmar-se como um lugar privilegiado de encontro em torno da guitarra e das artes, reunindo intérpretes de renome internacional e novas sonoridades, cruzando tradição e contemporaneidade, e fazendo de Santo Tirso um palco internacional e abrangente, capaz de oferecer concertos, formação e cultura – e, sobretudo, de unir artistas e públicos.

A programação de concertos abre no dia 15 de outubro com O Gajo, projeto artístico do conhecido guitarrista João Morais, que apresenta ao público o seu mais recente LP em torno da viola campaniça, fio condutor de um trabalho de fusão entre tradição e experimentação. No dia 16, o palco recebe, à tarde, o premiado Tiago Matias (que se tem celebrizado na apresentação de um repertório barroco e contemporâneo), e, à noite, o duo italiano Duosfera (com Daniele Fabio e Giulio Tampalini, que têm unido, de uma forma inovadora, sons clássicos e contemporâneos).

O dia 17 de outubro será marcado pela presença de Marcos Díaz, guitarrista espanhol de carreira internacional, e por Joaquín Clerch, mestre cubano reconhecido mundialmente. No dia 18, a noite será dedicada a Ken Murray, guitarrista australiano de referência na interpretação da música contemporânea. O festival encerra no dia 19 com o francês Antoine Boyer e a sul-coreana Yeore Kim, num encontro singular entre a guitarra e a harmónica que reflete o espírito das confluências que inspiram esta edição.

“Este ano, procuramos criar um espaço de encontros e confluências, onde a guitarra se abre a novas linguagens e se cruza com diferentes artes, saberes e culturas. Esta edição reflete a diversidade e a vitalidade de um instrumento que continua a reinventar-se, reunindo intérpretes de renome internacional, projetos inovadores e momentos de partilha com a comunidade. Queremos que este festival seja uma experiência cultural capaz de surpreender guitarristas, músicos e todos aqueles que se deixam guiar pela curiosidade de descobrir algo novo”, sublinha o diretor artístico do festival, Óscar Flecha, há longos anos ao comando do projeto.

O Festival Internacional de Guitarra de Santo Tirso volta também a apostar na formação e no diálogo interdisciplinar. Destacam-se a masterclass com Joaquín Clerch, a conferência-concerto de Pedro Rodrigues e a atividade para o público escolar dinamizada por Tiago Matias. Paralelamente, o festival acolhe uma exposição de guitarras Esteve e uma apresentação dedicada à construção moderna do instrumento.

Outros dos destaques será a mesa-redonda “Entre Notas e Algoritmos: Música e Inteligência Artificial”, que leva à tribuna músicos, investigadores e especialistas em tecnologia para refletir sobre os desafios e oportunidades que a IA traz ao universo musical, num debate aberto sobre criação, ética e futuro.

Em permanência, a Escola Superior de Media Artes e Design marca presença com uma mostra de media artes e uma exposição fotográfica, intitulada “As mãos que pensam – Um olhar sobre o arquivo fotográfico do Festival de Guitarra de Santo Tirso”, de Olivia Marques da Silva.

Os bilhetes vão estar à venda na BOL – Bilheteira Online, na Loja Interativa de Turismo de Santo Tirso e, exclusivamente durante o festival, na Fábrica de Santo Thyrso.

O dossier de imprensa pode ser consultado em: https://qrco.de/bgHnbX.

 

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