Após o final das chamadas Guerras Cantábricas, que terminaram no ano 19 antes de Cristo, o Império Romano, que domina assim todo o Noroeste da Península Ibérica, estabeleceu as linhas orientadoras da nova política económica, demográfica e cultural que pretende implementar nesta vasta zona. A atual região do Entre Douro e Minho parece ter passado por um processo de pacificação relativamente rápida, mesmo antes do fim da guerra, facilitado pela existência de uma poderosa elite indígena interessada nas novas oportunidades trazidas pela Romanização.
A partir da cidade de Bracara Avgvsta (atual Braga), fundada em torno do ano 15 antes de Cristo, foi estabelecida uma rede viária, com diferentes estradas imperiais, que ligavam a capital regional a outras cidades importantes da Península. Entre estas vias, conta-se a estrada que ligava Bracara Avgusta a Emerita Avgvsta (Mérida), capital da província da Lusitânia. Embora se desconheça o trajeto exato dessa via, sabe-se que ela saía de Bracara na direção do vale do Douro, passando pelos atuais aglomerados de Caldelas e Caldas de Vizela.