O candidato à Câmara Municipal de Santo Tirso, Ricardo Pereira, acaba de denunciar a prática de um crime ambiental no lugar do Lajedo, na freguesia de Monte Córdova.
Em visita ao local, o responsável verificou que a área ocupada pela pedreira cordovense aumentou de tal forma que já foram intervencionados mais de dois hectares fora da área licenciada, em solo que integra a Reserva Ecológica Nacional.
Durante os trabalhos de nivelamento de terras realizados pela empresa proprietária do terreno situado em frente à pedreira foram arrancados sobreiros e alteradas linhas de água, o que permitiu a construção de uma infraestrutura em betão, que os moradores desconfiam ser a base de uma futura indústria de betuminoso. Estes já realizaram um abaixo-assinado, pois sabem que “a paz em Monte Córdova poderá estar prestes a ter um fim”.
A situação tem sido acompanhada pela GNR de Santo Tirso e pela Direção-Geral de Energia e Geologia, e já foi reportada à CCDR-NORTE.
“Teremos camiões a passar de dia e de noite nas estradas da freguesia, e as escolas e lares não terão mais o sossego tão característico da freguesia”, referiu no local o candidato social-democrata à Câmara, que apontou o dedo ao atual presidente da autarquia.
“Alberto Costa assobia, simplesmente, para o lado, escudando-se na burocracia e morosidade deste tipo de processos”, sustentou.
Ricardo Pereira explicou que é “frontalmente contra a política do facto consumado” e que “fechar os olhos a esta situação é um autêntico crime”.
“Esperemos que esta unidade industrial não surja disfarçada de ecoponto florestal, por estar inserida numa grande mancha verde”, referiu o líder “laranja”, que avisou que “a eventual instalação de uma unidade industrial de betuminoso terá impactos ambientais, económicos e sociais gravíssimos para a freguesia e para o município”.
