Fenix Project de Gonçalo Lopes é mais que uma curta, é uma descoberta interior

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Fenix Project de Gonçalo Lopes é mais que uma curta, é uma descoberta interior

A terminar o 12.º no curso de Técnico/a de Desenho Digital 3D, na OFICINA – Escola Profissional do INA, o aluno Gonçalo Lopes concretizou o sonho de criar a sua própria curta-metragem animada com o nome “Fenix Project“. Realizada no âmbito da Prova de Aptidão Profissional (PAP), o projeto destaca-se pela originalidade e pela criatividade. A estagiar atualmente na Escola Superior de Media Artes e Design (ESMAD), Gonçalo Lopes projeta em breve prosseguir estudos no local de estágio.

 Como surgiu a ideia do teu projeto de PAP?

Sempre gostei muito da área dos jogos e sempre tive a vontade de um dia ser capaz de criar o seu próprio jogo.  Ao iniciar a minha jornada na OFICINA, no curso Técnico de Desenho Digital 3D, acabei por ter contacto com alguns dos processos de desenvolvimento de um jogo. Porém, com o tempo acabei por perceber que não era bem isso que gostaria de produzir, pois para criar um mundo virtual, uma vida e uma história, não necessitava de colocar jogabilidade no projeto, podendo assim dedicar-se a 100% ao que realmente me fascinava.

O mundo da animação esteve sempre presente na minha vida, quer seja em jogos ou filmes. Via-me perfeitamente a usar a minha criatividade para criar o meu mundo, a expressar-me em algo complexo e finalizado, com os devidos movimentos, sons e arte conceitual. Nesse sentido, a escolha do tema para este projeto de PAP esteve bastante ligada à vontade de criar uma animação, completamente suportada nos meus gostos pessoais e nas minhas capacidades.

Qual o seu conceito? / Como caracterizas o teu projeto?

 A animação é como um excerto ou uma aventura das muitas que podem acontecer em paralelo na minha vida, no meu universo. Esta curta-metragem acaba por ser fruto de muito trabalho e gosto por aquilo que faço.

Quais os objetivos e resultados do projeto?

 A animação inicialmente era para ser uma crítica à sociedade em que vivemos, mas acabei por perceber que não era bem isso que pretendia com a “Fenix Project”. Sentia que seria uma oportunidade de exprimir tudo aquilo que sempre quis desenvolver. No fundo, acabou por procurar algo que fosse realmente meu e que fosse ao encontro de todas as minhas referências. Quis também fazer do projeto um desafio às minhas próprias capacidades, onde tudo o que estivesse inserido nele, teria de ser criado e colocado por mim.

O projeto em si ficou exatamente como esperava, uma animação que conta a minha história de uma forma bastante visual. Não optei por colocar diálogos, porém tinha de conseguir passar a mensagem através de elementos que se explicassem bem por si mesmo. Todas as hiperligações que fazem da história algo percetível na curta animada, foram pensadas para que dessem também a entender a existência de um universo maior além do que já foi mostrado.

O que destacas na realização do teu projeto?

Durante todo o desenvolvimento do projeto, houveram muitas coisas que não imaginava que de início fossem fazer alguma diferença, ou até mesmo fazer parte, pois com o tempo algumas acabaram por se tornar ainda mais essenciais, consoante o desenvolvimento de cada fase do projeto.

Destaco a parte do movimento como seria de esperar, pois foi uma parte em que tive de me dedicar ainda a estudar um pouco para que se tornasse algo natural e bem feito. Durante a produção, tive de aprender a criar moldes de raiz de roupas, para assim conseguir criar com precisão a roupa da personagem principal. Outro aspeto tem a ver  com o som, pois foi algo em que estive bastante empenhado em criar e a fazer a sonoplastia. É um elemento importante para uma boa imersão ao ver a curta.

Como descreverias a tua passagem na Oficina? Porquê a Oficina e não outra escola? E porquê o curso Técnico de Desenho Digital 3D?

Fazendo uma retrospetiva de há quatro ou cinco anos atrás, acabei por perceber que daquela altura nunca imaginaria o que o futuro me reservava. Nunca pensei chegar aonde cheguei e que algum dia iria estudar na OFICINA, no curso Técnico de Desenho Digital 3D e até mesmo fazer a minha própria animação.

A OFICINA sempre fez parte de uma das minhas escolhas para o ensino secundário, apesar de haver várias escolas com uma oferta educativa interessante. Uma coisa é certa: sabia que queria seguir o ensino profissional.

Mesmo sabendo que a área dos jogos não fosse o meu principal foco, foi o gosto pela mesma que me levou a tomar a decisão de me matricular na OFICINA

Mesmo tendo tido vários momentos de stress e de imenso trabalho, acabou por ser uma fase da minha vida onde evolui muito tanto como pessoa, mas também como futuro profissional. Sinto que dei um grande salto, conheci imensas pessoas que inesperadamente algumas se tornaram muito importantes.

A experiência na OFICINA irá me acompanhar para o resto da minha vida pessoal e profissional. Foi uma experiência realmente diferente e marcante, o suficiente para saber dizer com toda a certeza, que se voltasse atrás no tempo tomaria a mesma decisão de pertencer à família OFICINA

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