Viva o MIEC regressa com música e oficinas para os mais pequenos

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Iniciativas arrancam no dia 18 e prolongam-se até 20 de maio

Já compôs para cinema, teatro e até para passagens de moda da prestigiada casa Dior. O concerto de Wim Mertens será um dos momentos altos do terceiro aniversário do Museu Internacional de Escultura Contemporânea, em Santo Tirso. As comemorações arrancam no próximo dia 18, com destaque para a inauguração da exposição de Fernando Casás, um dos percursores dos movimentos de Arte & Natureza, mas também de várias oficinas para os mais novos. Todas as iniciativas são gratuitas.

A música do compositor belga Wim Mertens, que já integrou a aventura do agente secreto James Bond no filme “High Time To Kill”, em 1999, vai estar em destaque no ano em que o Museu Internacional de Escultura Contemporânea (MIEC) celebra três anos de existência, com um concerto que irá decorrer no dia 19 de maio, pelas 21h30, no Largo Abade Pedrosa. A solo, piano e voz, o compositor belga estará pela primeira vez em Santo Tirso, depois de uma longa carreira e mais de 60 discos lançados, desde 1980.

Outro dos momentos das comemorações do aniversário do museu, é a inauguração da exposição de Fernando Casás, um dos percursores dos movimentos de arte e natureza e autor de uma das mais recentes esculturas que integram o acervo ao ar livre do MIEC e que homenageia Alberto Carneiro, o escultor português que esteve na génese do museu.

“Depois de Marte” dá nome à exposição que é inaugurada no próximo dia 18, pelas 19h30, na sede do MIEC, onde estarão patentes 254 obras que mostram a faceta mais intimista e minimalista do escultor espanhol. Esta é uma exposição que resulta da acumulação de materiais que forçou o artista a procurar uma elaboração mais conceptual.

Ainda no dia 18 de maio, pelas 15h00, Margarida Brito Alves, Bernardo Pinto de Almeida e Catarina Rosendo conduzem a apresentação das atas da Conferência Internacional “Arte Pública: Lugar, Contexto, Participação”, que decorreu em 2015, na Fábrica Santo Thyrso. A conferência articulou-se com uma reflexão sobre as atividades desenvolvidas desde 1991 pelos Simpósios Internacionais de Escultura de Santo Tirso.

ATIVIDADES PARA A FAMÍLIA

“Por um fio”, “Imperador por um dia”, “1/2 escultura” são os nomes das oficinas de arqueologia e escultura que decorrem durante o dia 19 de maio. Construir cestas, criar as suas próprias coroas de louros e explorar a construção e esculturas com materiais diferentes do habitual, como uma meia, são os desafios propostos durante as oficinas. Dia 20 de maio, têm lugar as oficinas escolares, nas quais os alunos são convidados a fazer mosaicos e a criar esculturas com um ingrediente normalmente usado na cozinha: a massa.

Dedicado aos mais novos é também “O Baile das Coisas Importantes”, um espetáculo de teatro infantil que, a 19 e 20 de maio, conta a história das “coisas obviamente importantes”, em contraponto com as “insignificantes”, as “inúteis” e as “indesejáveis”. Uma peça levada a cabo pela ACE Teatro do Bolhão, com encenação de Joana Providência, texto de Afonso Cruz e interpretação de Catarina Gomes.

O Museu Internacional de Escultura Contemporânea é composto por 55 esculturas dispersas por seis polos da cidade, numa ideia que partiu do escultor já falecido Alberto Carneiro, quando desafiou Joaquim Couto, presidente da Câmara de Santo Tirso em 1990, a “ter um caso único em Portugal, com os escultores mais importantes dos seus países e que integram a vanguarda da escultura contemporânea”. Hoje, há 54 escultores nacionais e internacionais pelas ruas de Santo Tirso, desde o artista belga Paul Van Hoeydonck que tem uma obra na lua, até nomes como Pedro Cabrita Reis, Fernanda Fragateiro, Júlio Le Parc, ou Carlos Criz Diez.

A sede do Museu Internacional de Escultura Contemporânea foi inaugurada a 21 de maio de 2016, numa obra da coautoria dos dois arquitetos portugueses galardoados com o Prémio Pritzker, Álvaro Siza Vieira e Eduardo Souto de Moura.

 

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