Câmara de Santo Tirso maquilha contas às custas do processo da Trofa

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Ativo e Fundos Próprios da autarquia estão sobreavaliados  em mais 11 milhões de euros, fruto de um processo judicial com decisão ainda pendente

As contas apresentadas pela Câmara Municipal de Santo Tirso, não obstante o cenário idílico traçado pelo atual executivo, ainda estão globalmente aquém dos objctivos traçados, quer na componente de gestão corrente, quer na componente estratégica. A verdade, é que esmiuçando o documento, a conclusão a que chegamos é que os resultados operacionais são negativos em 2,3 milhões de euros, os resultados correntes negativos são em 1,4 milhões de euros e o resultado líquido do exercício só não é negativo por força do recurso a resultados extraordinários, usados para maquilhar as contas.

A verdade é que, uma vez mais, a criação do município da Trofa é usada como cosmético principal dessa maquilhagem, antecipando uma receita futura e incerta. O PSD de Santo Tirso lembra que as verbas em torno deste processo estão pendentes de uma decisão judicial. Como tal, manda a prudência que se criem imparidades para cobranças duvidosas em processos pendentes. Aliás, a própria Certificação Legal das Contas da Câmara de Santo Tirso realça esta questão, adiantando que o Ativo e os Fundos Próprios da autarquia estão sobreavaliados em cerca de 11,750 milhares de euros.

Outra verdade incontornável que este relatório demonstra é que, ao contrário do que é anunciado, o Município foi buscar mais dinheiro aos bolsos dos tirsenses. Face ao ano anterior, a Câmara arrecadou mais 450 mil euros em impostos e taxas. Isto revela que a sensibilidade social apregoada pelo executivo socialista se consubstancia numa política de dar com uma mão, para retirar com as duas.

Para Andreia Neto, presidente da Comissão Política Concelhia do PSD de Santo Tirso, este relatório e contas revela que “o caminho que tem sido seguido pelo actual executivo da autarquia não é o que melhor serve os interesses dos tirsenses, com orçamentos longe de estarem ajustados às receitas efectivas do município”, frisando ainda que “o poder socialista em Santo Tirso cristalizou-se e revela-se incapaz de responder aos desafios que a população enfrenta diariamente”.

 

Santo Tirso, 27 de abril de 2016

 

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