COMUNICADO
O Partido Socialista de Santo Tirso repudia veementemente a atitude tomada pelos vereadores do PPD-PSD/PPM na reunião de Câmara do executivo municipal do dia 9 de dezembro, quando, na altura de votar um dos pontos da Ordem do Dia, decidiram abandonar o Salão Nobre e não participar na votação.
É, ao fim de praticamente um ano de mandato, a quarta vez que o fazem. O PS/Santo Tirso não pode deixar de condenar politicamente o comportamento dos vereadores da oposição no executivo municipal, os quais parecem conviver mal com as regras democráticas, revelando mesmo uma surpreendente falta de cultura democrática.
Como não conseguem fazer oposição pela oposição e pela apresentação de propostas alternativas e exequíveis para o orçamento municipal, em matéria de Educação, Justiça, Saúde, impostos ou emprego, os vereadores do PPD-PSD/PPM querem chamar a atenção com a inauguração de uma nova forma de fazer política.
No concelho Santo Tirso, em virtude do peregrino exemplo dado pelos vereadores da oposição, não é apenas possível votar a favor, contra ou abster-se, mas também ausentar-se cirurgicamente da reunião de Câmara na votação dos pontos da Ordem do Dia. E depois regressar, quando bem apetece à oposição.
Se não é inédito no país, é, pelo menos, invulgar assistir a uma tão reprovável quanto irresponsável atitude por parte de quem legitimamente exerce funções políticas em nome da população de Santo Tirso.
O recurso a este tipo de expediente em que os vereadores do PPD-PSD/PPM se tornaram especialistas só degrada a democracia participativa e afasta os cidadãos eleitores dos eleitos. Os vereadores do PPD-PSD/PPM receberam um mandato para representar e defender os interesses da população de Santo Tirso, tendo as dispor as ferramentas constitucionalmente consagradas para o fazer. O que não está consagrado é os vereadores fugirem às suas responsabilidades e colocarem os interesses partidários acima dos interesses de quem representam no executivo municipal: a população de Santo Tirso.
Nunca em Santo Tirso a oposição no executivo municipal tinha ido tão longe. O radicalismo das tomadas de posição e das afirmações chegou ao ponto de os vereadores do PPD-PSD/PPM considerarem ser “tão democrático votar como não votar”. Como se sentirão, neste momento, os cidadãos do concelho que votaram na coligação de direita? Ou é só em altura de eleições que os vereadores da oposição se lembram que votar é um dever cívico? Ou os deveres é só para os outros e não para os vereadores do PPD-PSD/PPM?
Os vereadores da oposição no executivo municipal têm o dever de votar, no sentido que bem entenderem, e não o de se ausentarem das reuniões de Câmara e deixá-las sem quórum, como aconteceu na reunião de 9 de dezembro, dia em que justificadamente um vereador da maioria socialista não esteve presente.
Ao abandonar a sala de reuniões na votação de um dos pontos da Ordem do Dia e provocar a falta de quórum, os vereadores do PPD-PSD/PPM estão a interferir no normal funcionamento da atividade da Câmara e a portar-se como uma espécie de força minoritária de bloqueio, posição que o PS/Santo Tirso considera de duvidosa legalidade e muito pouco democrática.
A Comissão Política Concelhia do PS/Santo Tirso
Santo Tirso, 10 de dezembro de 2014
