A LMA oferece soluções testadas nos seus laboratórios.

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Na estrada que passa por Rebordões em direcção a Santo Tirso, no coração do Vale do Ave, há uma fábrica que explica bem a tormenta que assolou a indústria têxtil e do vestuário (ITV) nos últimos 25 anos. Nesse enorme edifício mesmo ao lado da igreja da localidade, laborou durante 30 anos a fábrica de fios Figueiredo e Maia, que chegou a empregar mais de 800 trabalhadores. Hoje, esse mundo das grandes fiações extinguiu-se e o enorme espaço de 32 mil metros quadrados é utilizado pela LMA que, com os seus 42 trabalhadores, produz sete milhões de euros anuais de tecidos que se ajustam à temperatura do corpo humano ou reagem à transpiração.

Entre o passado e o presente, sobra pouco de comum. Já não há a ancestral figura do encarregado ou do patrão – no comando da empresa está Alexandra Araújo, uma jovem de 35 anos licenciada em gestão, e Manuel Barros, um engenheiro químico; já não há o barulho ensurdecedor dos teares – apenas um ruído de fundo que se perde na imensidão do edifício; já não há apenas encomendas de clientes estrangeiros que ditavam as cores, os tamanhos e os tecidos – hoje a LMA oferece ao cliente soluções desenvolvidas e testadas nos seus laboratórios.

Mas não nos iludamos: no algodão e nas commodities, ou seja a têxtil que não tem nada de especial, eles foram para a China e já não voltam”, diz a directora-geral da LMA. Sérgio Marques, director-geral da Parfois, uma empresa do Porto com 500 lojas próprias e franchisadas em 50 mercados explica, numa entrevista ao Jornal Têxtil, as razões que o levam a fazer as suas colecções na China: “Em Portugal não temos capacidade de produção deste género de produto, porque os produtores nacionais seguiram um caminho, que estará correcto, de terem um produto mais caro, com materiais mais nobres. Mas não conseguimos fabricar aos preços que a Parfois pratica”.

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