Alunos aplicam ciência para detetar mão criminosa nos incêndios

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Portugal vai passar a ter formação superior na área forense que permitirá ao sistema legal ter profissionais com competências específicas para detetar mão criminosa em incêndios. O objetivo é colocar no terreno profissionais capazes de identificar os componentes essenciais à iniciação de um fogo, reconhecer tipos de fontes de ignição e conhecer os métodos de iniciação de um incêndio. A formação em Balística, Fogos e Explosivos integra a nova licenciatura da Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU), Ciências Laboratoriais Forenses que foi recentemente acreditada pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, para entrada em funcionamento no ano letivo 2014/2015. “Dado que muitas das perícias são realizadas através de um conhecimento empírico e não científico, esta é uma formação que vem responder às crescentes necessidades do mercado, uma vez que não existem profissionais em número adequado, com este grau académico, a exercer funções em Portugal”, explica o coordenador da licenciatura, Ricardo Dinis-Oliveira.

Serviços secretos, forças de segurança (PJ, PSP, GNR), tribunais de justiça, empresas de segurança privada e fiscalização alimentar e ambiental são algumas entidades que precisam de profissionais desta área.

A formação em Ciências Laboratoriais Forenses é a primeira do género em Portugal focada na produção de prova laboratorial e na preparação dos

estudantes para atuarem de forma correta na cena do crime, respeitando os princípios científicos, sociais e éticos, de acordo com o estabelecido pelo sistema judicial.

Isto significa que este profissional pode atuar como perito na apresentação e/ou validação de provas forenses. Para além da unidade curricular Balística, Fogos e Explosivos, esta licenciatura integra ainda novas formações em gestão e colheita de Amostras e Vestígios Forenses e Lofoscopia, Toxicologia Forense, Genética Forense, Autópsia Médico-legal, Geologia e Pedologia Forenses e Álcool e Drogas de Abuso.

O corpo docente é composto por peritos do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, Polícia Judiciária, Campus do Sinistro e de outros laboratórios portugueses e estrangeiros, com aulas a decorrerem em cenário real.

“A existência de licenciados em Ciências Laboratoriais Forenses permitirá constituir um grupo de profissionais claramente vocacionados para a atuação e intervenção forense, fortalecendo e dinamizando as ciências forenses e criminais em Portugal”,conclui Ricardo Dinis-Oliveira.

 

 

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