Associação Comercial do Porto, questiona Primeiro-Ministro sobre o Norte e Porto

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A Associação Comercial do Porto enviou uma carta ao Primeiro-Ministro “apresentando um conjunto de questões que considera pertinentes, fazendo-o, sobretudo, enquanto elemento da Comunidade de Negócios do Porto e do Norte de Portugal – Região particularmente fustigada pelos efeitos da crise e cuja iniciativa privada tem, ao mesmo tempo, procurado inovar e crescer num quadro internacional adverso e altamente competitivo”

São “um conjunto de questões que, pela sua importância no desenvolvimento desta Região e, por arrasto, do País, gostaríamos de ver esclarecidas e resolvidas no contexto do desenvolvimento de um ecossistema empresarial competitivo que facilite a inovação e a competitividade:”

– Qual a orgânica de gestão e programação e quais as prioridades de investimento consignadas ao novo Quadro Comunitário de Apoio 2014 – 2020?

– Como regular e salvaguardar a articulação do Aeroporto do Porto com os interesses de desenvolvimento e crescimento regionais?

– Qual o futuro para o Porto de Leixões como plataforma logística do Noroeste Peninsular e a sua articulação com o tecido empresarial regional, com forte exposição ao mercado global?

– Como vai o Norte beneficiar da ferrovia europeia do “Corredor Atlântico”?

– No âmbito do novo Quadro Comunitário será consagrado apoio para nova linha do Metro do Porto?

. Que futuro para a Sociedade de Reabilitação Urbana do Porto?

Defendendo a ACP que “Estão em causa opções estratégicas que condicionarão o rumo da nação num universo temporal que atravessará várias gerações. Em especial, numa época de crise económica e financeira acentuada, o desenho de um sistema de incentivos adequados e uma forma de gestão apropriada são vitais”.

Expõe a Associação nesta carta que “o País tem sido marcado por uma Administração Pública pesada, burocrática e desajustada das necessidades das empresas e dos cidadãos, denunciando uma cultura organizacional ostensivamente centralista e apartada das legítimas ambições de desenvolvimento do resto do País. O que se tem passado com o Norte – Região nevrálgica para o País, onde está concentrada a produção de bens e serviços com mais peso nas exportações nacionais – é, a esse título, paradigmático, Ao mesmo tempo e por isso, está exposta, como nenhuma outra, aos choques decorrentes dos fenómenos da globalização, em parte responsáveis por algumas dificuldades com que se depara”.

E contextualiza que o Norte “Apesar de ser a Região que mais tem contribuído para a redução do défice das contas externas, com um superavit que ultrapassa os cinco milhões de Euros, o Norte é, contraditoriamente, a região mais pobre do País e uma das mais pobres da Europa, com um PIB per capita 20 pontos percentuais abaixo da média nacional, 38 pontos abaixo da média europeia e 42 pontos percentuais mais baixo do que o de Lisboa, como recentemente revelou a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte. ”

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