Berlim – um lugar à beira da História plantada

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No dia 21 de abril, os alunos do 11.° E e três alunas do 12.° D embarcaram no aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, com destino a Berlim, onde começou a aventura de quatro dias.

No primeiro dia, fizemos o check-in no hotel e partimos para o metro para a nossa mais famosa paragem, que vimos imensas vezes: Zoologischer Garten.

Após alguns metros e uma breve caminhada, chegamos às Portas de Brandemburgo, uma das mais antigas entradas da cidade de Berlim. Depois de tirar uma foto de grupo em frente às portas de Brandemburgo, ou em alemão Brandenburger Tor, fizemos uma caminhada até à Biblioteca Vazia, um monumento para relembrar os livros que foram destruídos/queimados durante a segunda guerra mundial, devido à censura do regime nazi. O monumento fica em Bebelplatz, um centro académico e um local muito bonito.

No segundo dia, acordamos cedo para visitar o Neues Museum, localizado na ilha dos Museus. A caminho do local, passamos ainda pelo Fernsehturm, a torre de televisão, e pela catedral de Berlim, um templo barroco com influências renascentistas, extremamente imponente. No Neues Museum, os alunos fizeram uma visita personalizada através dos seus audioguias, para que cada um pudesse ver as exposições do museu individualmente e a seu tempo. Foi inesquecível. Cada peça tem uma beleza inexplicável e histórica. A longa visita ao museu despertou o apetite para um almoço na carismática Alexanderplatz, a praça comercial da antiga Alemanha Democrática.  Reunido novamente o grupo, subimos até o topo da torre de televisão, com 368 m de altura, onde se pôde apreciar uma vista panorâmica da cidade.

Depois das alturas, mergulhamos nas profundezas de um bunker, onde Hitler passou os seus últimos dias, sendo um marco do fim da segunda guerra mundial. A atmosfera era extremamente pesada; apesar disso, foi uma visita importante com um valor histórico enorme, pois aprendemos bastante. Voltamos ao hotel para jantar e, logo a seguir, demos um passeio pelas ruas de Berlim by night, com paragem no famoso Hard Rock Café para comprar alguns souvenirs.

O terceiro dia foi um pouco mais stressante, pois tivemos alguns imprevistos. O plano para esse dia era a visita do campo de concentração de Sachsenhausen, situado fora da cidade de Berlim, e depois seguirmos para East Side Gallery e Checkpoint Charlie. No entanto, devido a alguns imprevistos nas ligações dos transportes públicos, tivemos que mudar de comboio algumas vezes antes de chegar ao nosso destino.

A visita ao campo de Sachsenhausen foi um passeio triste, uma vez que, com o audioguia, ouvimos pormenores sobre a violência infligida aos prisioneiros e os relatos terríveis dos sobreviventes, tudo agudizado pelo facto de estarmos presentes nos locais físicos onde tudo aconteceu. O campo de concentração deixou o grupo cansado, física e psicologicamente, com uma vontade enorme de voltar ao hotel, sem concluir o programa do dia.

Mas logo após uma pausa e um reabastecimento das energias no Sony Centre, continuamos o programa rumo à East Side Gallery, que é o maior pedaço do muro de Berlim ainda intacto, com cerca de 1300 metros, ilustrado com obras de diversos artistas plásticos internacionais. Apreciamos com maior atenção algumas célebres pinturas, entre as quais “O beijo” e o “Trabant”. E, claro, tiramos mais umas fotos de grupo em frente ao muro.

Entretanto, recebemos a notícia que o nosso voo de regresso teria sido cancelado e havia muitas incertezas quanto à solução encontrada pela agência sobre o nosso regresso. Depois disto, e devido ao cansaço dos alunos, fomos descansar mais cedo para o hotel.

No quarto dia, no suposto último dia do programa, visitamos a Igreja da Memória, ou a Kaiser Wilhelm Gedächtniskirche, um templo bombardeado durante a segunda guerra mundial e mantido sem reconstrução/renovação, para que o povo alemão jamais se esquecesse da destruição causada pela segunda guerra.  A igreja, apesar do seu aspeto semidestruído, é belíssima.

De seguida, houve tempo para as últimas compras. Os souvenirs para a família e os amigos, outras relíquias que só em Berlim se podem encontrar, tudo isto na famosa avenida comercial de Kurfürstendamm.

Perto da hora do almoço, a professora Alice Coutinho informou-nos que o nosso voo seria na manhã seguinte, 25 de abril, em Munique.

Chegados ao hotel, empacotamos, num ápice, todas as lembranças e as recentes compras nas malas e seguimos de autocarro para Munique. A viagem foi bastante longa (cerca de 600 quilómetros), mas chegamos todos em segurança e a tempo ao aeroporto para o nosso tão desejado voo. Após escala em Lisboa, chegamos, finalmente, todos sãos e salvos ao aeroporto Sá Carneiro, onde os nossos pais nos aguardavam de braços bem abertos e uma lágrima no canto do olho.

A visita de estudo a Berlim foi extremamente interessante e promoveu muitas aprendizagens.

Um agradecimento às duas professoras que nos acompanharam e orientaram, Alice Coutinho e Cristiana Ramos, pela organização e pelo acompanhamento, bem como por todos os momentos maravilhosos que nos proporcionaram durante esta viagem. Foi inesquecível e, apesar dos contratempos, enriqueceu-nos e divertimo-nos imenso.

 

 

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