COMEMORAÇÕES DO DIA MUNDIAL DO TEATRO

0

Para celebrar o teatro em 2013 mergulhamos no mundo às avessas de Manuel António Pina, deixamo-nos aprisionar pelo trabalho de duas fiandeiras, recordamos a valentia de João Sem Medo e ainda nos chega tempo para criar bichos de quatro olhos. São as comemorações do Dia Mundial do Teatro (que se celebra a 27 de março) promovidas pela Câmara Municpal de Santo Tirso em diferentes espaços do concelho entre os meses de março e abril.

Para começar, Manuel António Pina. É dele a autoria de Os macacos não se medem aos palmos que o coletivo de animação teatral Pé de Vento vai levar à cena na Fábrica de Santo Thyrso. Com encenação de João Luiz e interpetação de Patrícia Queirós, a peça conta a história de Basílio, um macaquinho que recolhia num caneco de folheto os donativos destinados ao seu dono, Fagundes da Silveira, um tocador de realejo. A apresentação de Os macacos não se medem aos palmos está marcada para as 21h30 do dia 22 de março e integra também o programa de A Poesia Está Na Rua que presta, este ano, homengam ao referido jornalista, poeta e escritor, falecido a 19 de outubro do ano passado.

O programa comemorativo do Dia Mundial do Teatro passa depois por Monte Córdova e deixa-se ficar, já em abril, em Vila das Aves. No domingo, dia 24 de março, em Monte Córdova, a partir das 15h30, sobe ao palco do Centro Paroquial da freguesia Reviver um espetáculo de variedades, com muito teatro dentro, ou não fosse ele levado à cena pelo Grupo de Teatro Amdor de Monte Córdova.

Em Vila das Aves, em dia de Pascoela (1 de abril) o Teatro e Marionetas de Mandrágora apresenta o espetáculo Adormecida. Uma criação de Filipa Mesquita com interpretação e manipulação de Clara Ribeiro e Filipa Mesquita que nos conta a história de duas fiandeiras que, aprisionadas pelo seu trabalho e isoladas do mundo exterior, inventaram si um mundo muito própio, feito de criaturas, tantas quantas a lã permite imaginar e criar.

Neste mesmo dia, mas à tarde (14h30), a atriz e marionetista Clara Ribeiro será a formamadra do workshop Olhapins e Olharapos. Um workshop dirigido aos mais novos, mas igualmente aberto à participação de pais e avós. Neste workshop aprendem-se os fundamentos básicos e as tecnicas de criação em esponja de olhapins (criaturas muito pequenas com 4 olhos) e olharapos (criaturas muito grantes de apenas um olho).

Paraleleamento, o teatro vai à escola, com a apresentação em diferentes estabelecimentos de ensino da peça as Aventuras de João Sem Medo, levada à cena pelo Grupo de Teatro Amador de Santo Tirso – os Quatro Ventos.

 

PROGRAMA

Espectáculos

 

Os Macacos não se medem aos palmos

FÁBRICA DE SANTO THYRSO | 22 MARÇO | 21H30

Os macacos não se medem aos palmos é a história de Basílio, o macaquinho que recolhia num caneco de folheta os donativos destinados a seu dono, Fagundes da Silveira, um tocador de realejo. Diga-se que este teria conseguido juntar uma pequena fortuna se não tivesse gasto todo o dinheiro que ganhou em jogo e noutras extravagâncias…

Mais atinado, o macaco Basílio foi guardando nas pregas do casaquinho de cetim – e sem que Fagundes disso se apercebesse – algumas das moedas que angariava, conseguindo assim um considerável pecúlio. Até que chega o dia em que os papéis se invertem e Fagundes já completamente falido, a quem o macaco Basílio comprara o realejo, passa a trabalhar para este…

Eis-nos, pois, mergulhados num mundo às avessas, que Manuel António Pina concebe com imaginação e humor, à semelhança de outros textos por ele escritos e que o Pé de Vento tem levado à cena.

 

Texto: Manuel António Pina. Encenação: João Luiz. Dramaturgia: Maria: João Reynaud. Cenografia: João Calvário. Assistência de encenação e figurino: Susanne Rösler. Ambiente musical: Pedro Junqueira Maia. Desenho de luz: Rui Damas. Interpretação: Patrícia Queirós. Realejo: Orgelbau Stüber, Berlin / João Luiz. Construção e montagem: Rui Azevedo, Cristina Lucas. Assistente de produção: Cristina Moura Fonseca. Coprodução Pé de Vento, TNSJ. Agradecimento: Marcelo Lafontana. M/6 anos. Dur. aprox. 55 m.

 

 

Reviver (espetáculo de variedades)

CENTRO PAROQUIAL DE MONTE CÓRDOVA | 24 MARÇO | 15H30

Espetáculo levado à cena pelo Grupo de Teatro Amador de Monte Córdova.

 

Adormecida

Centro cultural de vila das aves | 01 abril | 21h30

Dando continuidade a esta vontade de trabalhar sobre a integração no mundo contemporâneo de tradições e resticios de patrimónios rurais esquecidos chego ao espetáculo Adormecida. (…)

A lã, as fiandeiras, as cardadeiras, os teares, parecem pertencer a um tempo perdido, no entanto são também o reflexo de um modo vivencial, onde o tempo decorre lento e em comunidade. Adormecida é também o pensamento sobre uma sociedade contemporânea, que necessita de se libertar, de acordar.

O espetáculo, todo ele simbólico, fala de duas fiandeiras que, aprisionadas pelo seu trabalho e isoladas do mundo exterior, inventaram para si um mundo próprio; reinventaram o tempo, são elas próprias uma caixa imaginária. Entre o desejo secreto de partir e o medo que as faz ficar, inventam um mundo cheio de criaturas, tantas quantas a lã permite imaginar e criar.

A lã constitui-se assim, como a matéria-prima desta criação.

 

Criação: Filipa Mesquita. Interpretação e manipulação: Clara Ribeiro e Filipa Mesquita. Marionetas e espaço cénico: enVide nefelibata. Música: Fernando Mota. Recolhas tradicionais: Michel Giacometti. Apoio à pesquisa: Alice Bernardo, Projeto “saber fazer”. Fotografia de Cena: Edgar Tavares. Parceria: Casa da Lã, aldeia de Bucos.

Produção: Teatro e Marionetas de Mandrágora. M/ 6 anos (45min.)

 

As aventuras de João Sem Medo

teatro na escola | Vários estabelcimento de ensino do concelho

Espetáculo levado à cena pelo Grupo de Teatro Amador de Santo Tirso – os Quatro Ventos.

 

Workshop

Olhapins e Olharapos

Centro cultural de vila das aves | 01 abril | 14h30

Dirigido, em especial, aos mais novos, o convite à participação neste workshop de marionetas de Olhapins e olharapos estende-se também aos pais e avós.

Os participantes aprendem os fundamentos básicos de criação em esponja e as técnicas primárias de modelação da mesma pelo corte, dobragem e colagem, a partir das quais será possível criar todo e qualquer volume tridimensional. Através da criação de diversos objetos simples que são depois assemblados, criamos as nossas personagens olhapins e olharapos. A imaginação de cada um, será o único limite imposto à criação da marioneta, as formas resultantes são variadas e infinitas.

Os Olhapins são criaturas muito pequenas com 4 olhos, pois olham para todo o lado, muito diferentes dos Olharapos, que são criaturas muito grandes, mas apenas com um olho, e que não olham para lado nenhum.

Será que voam por cima dos bosques? Será que espreitam no escuro? Será quem tem olhos de mil cores?

Inspirado nas lendas e contos do folclore popular português, o workshop pretende criar marionetas fantásticas, umas maravilhosas, outras monstruosas.

 

Público-alvo: crianças M/6 anos (adulto & criança – M/ 4 anos). Duração: 2h30 horas. Formadora: Clara Ribeiro. Número máximo de participantes: 20 crianças. Inscrições: Centro Cultural de Vila das Aves.

 

FORMADORA

Atriz/marionetista, Clara Ribeiro é natural de Gondomar (1981). Completou em 1999 o Curso de Interpretação da Academia Contemporânea do Espetáculo e, em 2001, o Curso Profissional de Teatro de Formas Animadas. É licenciada em Gestão do Património, pela Escola Superior de Educação do Porto. Profissionalmente, iniciou a sua atividade enquanto atriz e marionetista em 2002 e coordena, desde o ano seguinte, ações de formação para crianças e adultos, no âmbito das temáticas do teatro de marionetas, pela Companhia de Teatro e Marionetas de Mandrágora.

 

Share.

Comments are closed.