Conferência sobre Emprego e Empreendedorismo em Vila das Aves

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Joaquim Couto reafirma preocupação sobre o impacto dos impostos municipais nas empresas e nas famílias

O que deve a Câmara fazer para incentivar o investimento e aumentar a empregabilidade? Como recuperar o património? Quais as iniciativas que pode assumir para promover as questões imateriais? Sim ou não à instalação do Ensino Superior no concelho? Estas foram algumas das questões levantadas na conferência «Emprego e Empreendedorismo: Que futuro para Santo Tirso?». Cerca de uma centena de pessoas estiverem presentes na iniciativa promovida pela «Força de Todos», no salão nobre da Junta de Freguesia de Vila das Aves.

Numa altura em que o desemprego assume valores preocupantes em Santo Tirso, a candidatura «A Força de Todos», liderada pelo socialista Joaquim Couto, promoveu um amplo debate em torno do empreendedorismo. Com uma visão mais abrangente e globalizada, o diretor do Mestrado em Economia e Gestão da Inovação da Faculdade de Economia da UP, Mário Rui Silva, criticou as políticas que atualmente estão a ser implementadas no país, realçando que as empresas assumem, hoje, obrigações fiscais “muito elevadas”. “Esta situação penaliza quem quer criar riqueza e postos de trabalho. Deveria existir uma menor penalização fiscal”, defendeu.

Uma preocupação partilhada por João Moreira, presidente da Associação Comercial e Industrial de Santo Tirso (ACIST), que realçou o trabalho que tem sido realizado por esta entidade, na tentativa de combate à crise. Sublinhando o importante papel que a Câmara Municipal deve assumir neste assunto – através da estreita colaboração com a ACIST e no desenvolvimento de programas de formação -, João Moreira considerou que uma das estratégias de desenvolvimento tem de passar pela valorização profissional dos empregadores e colaboradores. “O cenário é preocupante. Temos de combater os problemas através de ganhos na competitividade”, referiu.

O terceiro orador da noite foi Manuel Andrade. Um jovem empresário natural de Santo Tirso, responsável pela organização de grandes eventos mediáticos, de relevância social e cultural, que já realizou trabalhos com a Fundação Calouste Gulbenkian, a Fundação Mário Soares, a Fundação Cupertino de Miranda, a Fundação José Saramago, a Fundação Gorbatchev, a Green Cross Internacional, a Unesco e a ONU. “Portugal tem desprezado a cultura. Tem de haver uma aposta no imaterial. O fomento do investimento passa pela criatividade na ação”, aludiu.

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Neste contexto, Manuel Andrade disse acreditar que Joaquim Couto “terá um belíssimo desafio pela frente”, enquanto presidente de Câmara: “Santo Tirso tem uma beleza natural que fascina e uma localização privilegiada em relação ao Porto, Braga e Guimarães. Basta que haja vontade para que seja possível levantar o moral de uma população que está esmorecida”.

No final da conferência «Emprego e Empreendedorismo: Que futuro para Santo Tirso?», e depois de várias questões levantadas pela plateia, o candidato pelo PS à Câmara de Santo Tirso mostrou-se satisfeito com o debate de ideias: “É importante ouvir opiniões e gerar discussões, para depois agirmos. Penso que um dos resultados que sai desta conferência é a ideia clara de que devemos estudar o impacto das taxas, tarifas e impostos municipais, de forma a tomar medidas que minimizem as dificuldades das famílias e ajudem as empresas a suplantar os problemas que estão a viver”.

Joaquim Couto salientou ainda a necessidade de eliminar a burocracia existente na autarquia, apostando numa via prioritária para o licenciamento de projetos empresariais, com vista a diminuir drasticamente os prazos legais a que os processos estão sujeitos.

«Emprego e Empreendedorismo: Que futuro para Santo Tirso?», realizada na passada sexta-feira, foi a primeira de quatro conferências que estão a ser organizadas pela «Força de Todos», com o objetivo de debater alguns do problemas do município.

 

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