Município apresenta “superavit” na ordem dos 2,2 milhões de euros
“Rigor, transparência e responsabilidade na gestão municipal”. Foi desta forma que o presidente da Câmara de Santo Tirso, Joaquim Couto, definiu os resultados obtidos nas contas de gerência de 2016. Uma execução orçamental “histórica”, com uma taxa de execução a atingir os 90 por cento, e um superavit de 2,2 milhões de euros. Em três anos de mandato, a dívida de Santo Tirso foi reduzida em 10 milhões de euros.
Foi apresentado e aprovado, com a abstenção dos vereadores da coligação PSD/PPM, esta quinta-feira em reunião de Câmara, o relatório da prestação de contas da Câmara relativo ao ano de 2016. Depois de, nos dois últimos anos, os documentos apresentarem uma tendência que traduzia uma consolidação das finanças municipais, as contas da gerência de 2016 espelham, segundo Joaquim Couto, o rumo traçado pelo executivo desde o início de mandato.
“Este relatório espelha, com fidelidade, o rigor, a transparência e a responsabilidade da gestão municipal desde finais de outubro de 2013. Os resultados alcançados ao fim de três anos de mandato deixam-me, enquanto presidente da Câmara, naturalmente orgulhoso, e creio serem verdadeiramente um incentivo para o futuro”, congratulou-se o autarca.
Entre outros aspetos, o relatório de 2016 mostra uma execução orçamental histórica no Município de Santo Tirso. Pela primeira vez, a taxa de execução orçamental atingiu, em 2016, os 87 por cento, com o orçamento da receita a chegar aos 90 por cento.
As contas de 2016 apresentam ainda um “superavit” histórico para o concelho, na ordem dos 2,2 milhões de euros, a que se somam mais dois milhões de euros provenientes da gerência de 2015.
“São números que traduzem um caminho trilhado no início do mandato e não são meramente conjunturais; são o produto de opções políticas rigorosas e equilibradas, avessas a megalomanias e a aventureirismos, num tempo particularmente difícil para as Câmaras Municipais”, acrescentou Joaquim Couto.
Quando este executivo municipal tomou posse, em outubro de 2013, o ano fechou com uma dívida total de 35 milhões de euros, sendo que a dívida de curto prazo, referente, em larga medida, a fornecedores, atingia os 12,7 milhões de euros.
Três anos volvidos, a dívida diminuiu mais de 10 milhões de euros, sendo que a de curto prazo caiu para praticamente metade, o que, segundo Joaquim Couto, se deve a “um esforço do Município em pagar a tempo e horas aos fornecedores, maioritariamente localizados no concelho, o que demonstra a preocupação deste executivo em honrar os compromissos assumidos e apoiar o tecido empresarial local”.
Na mesma linha, está o prazo médio de pagamento, que caiu de forma abrupta em três anos: em 2013, a Câmara Municipal pagava a 143 dias; em 2016, esse prazo passou para menos de um mês.
Não menos relevante é o facto de a consolidação das contas municipais ter sido alcançada sem prejuízo social. Desde que se iniciou o ciclo autárquico 2013-2017, o Município tem vindo a reforçar a política de amortecedores sociais, sendo mesmo, de entre todos os concelhos da Área Metropolitana do Porto, do Vale do Ave e do Vale Vizela, aquele que mais medidas de natureza social dispõe para aliviar os orçamentos familiares.
Para o presidente da Câmara de Santo Tirso, “este é um relatório que confirma ainda a grande diversidade e o dinamismo da atividade desenvolvida pelo Município, em áreas como a Cultura, o Turismo, a Educação, o Desporto ou a Saúde. Daí ser fundamental o diálogo social com todas as instituições e agentes económicos e as políticas de proximidade levadas a cabo ao longo do mandato. E, claro está, a prestação de contas, informando a população do concelho de Santo Tirso de como estão a ser gastos os recursos que são de todos”.
Por fim, Joaquim Couto diz ter sido alcançado “um clima de paz social, fruto de uma nova forma de governança posta em prática a partir de finais de 2013. Estão finalmente criadas as condições para executar um conjunto de projetos em todo o concelho e prosseguir o compromisso assumido para com a população do concelho de Santo Tirso em matéria de atração de novos investimentos, de criação de novos postos de trabalho e de coesão social”.