Esperança! Estas são as crianças e jovens para o nosso
22 mil crianças e jovens dedicaram toda a semana do Acanac, o 23º acampamento nacional de escuteiros, a entender, refletir e abraçar o futuro.
A defesa da casa comum, como refere o Papa Francisco, sai daqui com um movimento reforçado e armado com as ferramentas necessárias a garantir futuro.
Durante uma semana, 22 mil participantes juntaram-se no Campo Nacional de Atividades Escutistas (CNAE), em Idanha-a-Nova, para juntos abraçarem o futuro. Através dos quatro elementos básicos: Terra, Fogo, Água e Ar, os jovens foram chamados a aprender e resolver situações diversas relacionadas com a sustentabilidade do Planeta, com o objetivo final de proteção da Casa Comum.
Criação, Transformação, Inovação e Cooperação – foram estes os motes que regeram as atividades de Lobitos (6-10 anos), Exploradores/Moços (10-14 anos), Pioneiros/Marinheiros (14-18 anos) e Caminheiros/Companheiros (18-22 anos), ao longo dos 4 dias de atividades específicas, que os levaram a conhecer um pouco mais de si mesmos, dos seus limites, dos novos amigos que conheceram e das ações e atitudes que podem e devem ter, com vista à sustentabilidade do planeta Terra.
A encerrar este grande acampamento ocorre amanhã, dia 5 de agosto, pelas 22h, uma grandiosa cerimónia de encerramento na Arena do Futuro, a zona central do CNAE com espaço para reunir os 22 mil participantes.
Aí, as quatro secções terão oportunidade de mostrar às restantes aquilo que foi a sua vivência e as suas experiências ao longo do Acanac. Depois de oficialmente encerrado, a organização guardou para todos uma surpresa adequada ao segmento etário dos escuteiros, com a presença de artistas que certamente farão as delícias de crianças, jovens e adultos.
O Acanac em números:
O maior acampamento português de sempre reuniu 22 mil escuteiros de 12 países, 5 mil tendas, 40 mil estacas e 330 mil metros de corda para construção.
O Campo teve 1.500 extintores, 180 pontos de água, 500 casas de banho, 700 chuveiros, 80 contentores de lixo orgânico e 25 ecopontos.
Os escuteiros de todo o país vieram em 400 autocarros. 80 autocarros fizeram diariamente o transfer do campo para Idanha-a-Nova, Barragem Marechal Carmona e Senhora do Almortão.
As lojas do escuteiro, estruturas do Pingo Doce, venderam sobretudo água (180 mil), pão (270 mil) 200 mil peças de fruta e 250 mil kits de refeição fria. Todos os Exploradores, Pioneiros e Caminheiros recorreram as estas lojas para as compras dos ingredientes das suas refeições.
Os adultos (4 mil) e os Lobitos (3.500) consumiram 240 mil refeições servidas pela empresa Sogenave.
As atividades náuticas espalhadas por 5 km de margem, dispunham de 5 mil coletes salvação, 320 canoas, 19 embarcações à vela e 12 embarcações a motor.
Apesar de se terem consumido 7 milhões de litros de água, ainda houve necessidade de dar assistência médica a 2 mil escuteiros, essencialmente por causa do calor, de pequenas quedas e algumas sintomatologias de faringites e otites.
Os Caminheiros/Companheiros, os escuteiros mais velhos do CNE, estiveram 3 dias em 50 aldeias onde prestaram serviço a instituições, organismos e associações locais.
Estes voluntários refrescaram estas localidades, tomaram consciência das suas fragilidades e dos modelos necessários para que as comunidades se tornem mais sustentáveis e responsáveis.
Mais importante ainda foi a capacidade que estes jovens entre os 18 e os 22 anos tiveram de se interajudar, de criarem laços entre si e de em conjunto saberem pensar e dinamizar o outro.
Não foi possível à organização medir a exorbitante quantidade de felicidade gerida e sustida em campo…