Após tanta polémica instaurada em torno da Avenida Conde Vizela, eis que, finalmente, a obra está concluída.
As obras iniciaram-se no início do mês de novembro, e estava prevista a inauguração até ao fim de dezembro de 2015, mas só esta terça-feira, dia 5 de Abril, é que a obra foi inaugurada.
A obra surge após o abate de árvores existentes naquele local, uma vez que apresentavam uma estrutura muito fragilizada que colocava em causa a segurança de pessoas e bens. Uma situação que foi concertada entre a Câmara Municipal de Santo Tirso e a Junta de Freguesia de Vila das Aves. O objetivo é que a Avenida Conde de Vizela se constitua como a ”porta de entrada” e espaço de receção principal a importantes interfaces da rede de acessibilidades, nomeadamente a estação ferroviária e a EN105.
Devido à polémica sobre o projeto em causa, a Presidente da Junta de Freguesia de Vila das Aves, Elisabete Faria, no seu discurso perante os populares, referiu que “muita coisa foi falada, muita coisa foi escrita”, contudo, “a obra está feita, bem ou mal,” os avenses é que “vão ser os próprios a dizer”. No entender de Elisabete Faria, a Junta sempre pautou “por um bocadinho de mais verde e na última Assembleia de Freguesia, quer o PS, quer o PSD, aprovaram um documento que foi enviado à Câmara Municipal a solicitar que fosse colocado, onde tem os bancos, pelo menos umas trepadeiras, para darem um bocadinho de sombra, porque aqui dá muito sol e as pessoas que se sentam nos bancos, merecem um bocadinho de sombra.”
Ainda no rescaldo das Comemorações dos 61 anos de elevação a Vila, Elisabete Faria acrescentou ainda que Vila das Aves é “uma Vila que merece respeito, principalmente por aqueles que nos visitam. Uma vila que sempre pautou pelo desenvolvimento e não é agora que vai parar”, questionando Joaquim Couto, sobre quais seriam as próximas intervenções na Vila das Aves.
Por sua vez, Joaquim Couto, Presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, que contou com a presença de alguns vereadores na inauguração, salientou que apesar de estarem “três meses atrasados”, “vamos ver se é possível melhorar, ou com trepadeiras ou com outro artefacto na avenida, que melhore a sua estética”. Esta obra “teve de ser assim pelas razões que se conhecem, até pelas exigências da CP.”
Em resposta a Elisabete Faria, Joaquim Couto referiu que a “Câmara Municipal também se preocupa com investimento concreto, em obras públicas para a população”, acrescentando que “há um histórico de necessidades muito grande e por isso vamos resolvendo na medida do possível, de acordo com o nosso orçamento.” O autarca tirsense, lembrou ainda que “há alguns projetos que estão aí à baila”, nomeadamente “a Rua dos Aves, o alargamento da Ponte de Negrelos, remodelações no Complexo Habitacional de Ringe” e que mandou “avançar o projeto para a Quinta do Verdeal”.
A empreitada, da responsabilidade da Câmara Municipal de Santo Tirso, envolveu uma intervenção nos passeios, com a criação de espaços ajardinados e zonas de estadia, num investimento de 71,5 mil euros. O projeto englobou, ainda, a requalificação das zonas das passadeiras e de acesso a escadas e rampas, seguindo o Manual de Boas Práticas o Programa de Mobilidade Sustentável para Santo Tirso. Estas zonas estarão, ainda, de acordo com o Manual de Uso de Pavimento Tátil na Via Pública, da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO).
