No sábado a liga dos amigos do hospital de santo tirso comemorou o 27º aniversário, para o efeito, como bem sendo hábito junta os seus associados voluntários e amigos da associação num jantar realizado para assinalar a efeméride. Este ano a realização do evento foi no quartel dos bombeiros da trofa, onde, várias dezenas de amigos da liga e ilustres convidados em representação de diversas instituições viveram intensamente o 27º aniversário da liga dos amigos do hospital de santo tirso.
No início do evento, falamos com o presidente da liga Eng. Nuno carvalho que, vivendo uma situação invulgar no seu mandato, uma vez que o novo gestor do centro hospitalar do médio ave, ainda não tomou posse, disse sobre a realidade da liga:
Nós como associação, somos independentes do próprio hospital, independentemente do amnistiador que esteja, a nossa função é manter o nosso rumo, para ajudar a trazer um pouco de humanismo aos doentes e utentes do hospital. Esperamos manter os fortes laços que existem até aos dias de hoje, com a administração ao longo de 27 anos.
O nosso objeto, é manter uma forte ligação com a nova administração, independentemente do nome do novo administrador, nós só queremos que, nos deixem ajudar a ajudar a manter o hospital, prosseguindo o nosso caminho e o nosso rumo.
Os projetos da liga são sobre tudo, trazer um pouco de humanização, aos doentes e aos utentes do hospital. Em termos de projetos mais visíveis, nós temos três, mantemos um, que já é relativamente antigo, falo do grupo vencer é viver, que é especificamente virado para as mulheres que, são alvo de uma cirurgia e lhes é retirar a mama devido a problemas de cancro.
Em todos os tratamentos que têm a ver com este tipo de patologia, nós damos apoio desde próteses mamárias e próteses capilares, este é um apoio mais tangível, tem a ver com dar algo físico, mas, penso que o nosso maior apoio é, naquilo que é intangível que, é o apoio psicológico e humanitário, perante alguém que se viu privado de uma mama, imagino será uma perda enorme.
O segundo projeto, é algo que não me canso de mencionar, são os pequenos-almoços, os nossos voluntários servem cerca de 100 pequenos-almoços diários, aos doentes e utentes do hospital de santo tirso, na consulta externa e no serviço de ambulatório, independentemente da sua condição, raça ou credo, este serviço é realizado pelos nossos voluntários, de forma perfeitamente graciosa.
O terceiro grande projeto que temos no terreno, que penso ser de grande utilidade no que diz respeito à humanização, mas, com uma parte mais tangível, estou a referir-me ao projeto das ajudas técnicas, para os doentes e utentes, quer internos, quer externos, sobretudo aos mais carenciados, quando falo em ajudas técnicas, falo em cadeiras de rodas, andarilhos e canadianas, estas ajudas técnicas por exemplo, são parte uma um grande projeto que pretendemos dar corpo, iremos também dotar o serviço de medicina, com algumas ajudas técnicas direcionadas, mais para aqueles doentes que padeceram de um ABC . Falo de alguns equipamentos adaptados, que vão permitir alguns exercícios, mas também irão permitindo outra evolução e melhor qualidade de vida ao doente, sempre em colaboração com a administração do hospital, sobretudo com os serviços.
Na minha ótica, o mais importante é a humanização, são os cerca de 50 homens e mulheres que passeiam de bata amarela pelo hospital. Na ultima revista, tive a oportunidade de escrever um pequeno texto, uma vez que sou presidente da liga, onde refiro que, os nossos voluntários são os anjos de bata amarela, pois, são eles que acabam por fazer a diferença no hospital, são eles com uma simples palavra, um pequeno gesto, como dizia uma voluntária «ponha a mão em cima de uma mão» por vezes, acabam por fazer a diferença sem pedir nada em troca, isso, numa sociedade cada vez mais injusta e materialista, muitas vezes fazem – me sorrir de alegria e orgulho. Por isso, na ocasião do 27º aniversário, apenas me resta humildemente dizer, a toda esta equipa «muito obrigado». Estas foram as palavras sentidas, de um presidente visivelmente emocionado, não escondendo o sentimento de dever cumprido.
