Multidão na apresentação do candidato do PS
O espaço entre a sede Junta, a igreja e o centro paroquial, na Avenida Manuel Dias Machado, em São Martinho do Campo, era uma aposta demasiado ambiciosa, mas Marco Cunha, o recandidato do PS à presidência da Junta de Freguesia de Vila Nova do Campo, venceu em toda a linha. Na verdade, uma multidão de quase meio milhar de pessoas tornou aquele espaço pequeno, de tal modo que as cadeiras não chegaram para todos.
Na presença do presidente do PS-Santo Tirso, Joaquim Couto, e após a abertura da sede de campanha, na parte mais alta da avenida, Marco Cunha teve uma apresentação à medida do seu “excelente trabalho” na presidência da Junta de Vila Nova do Campo, marcado por obras e medidas sociais e culturais, mas, fundamentalmente, pela recuperação económica e financeira da autarquia, que tinha uma dívida de 100 mil euros, herdada da Junta de São Martinho do Campo, saldada em 2016. “Se calhar é por isso que, a dois meses das eleições, o PSD ainda não apresentou candidato à Junta”, atirou Marco Cunha.
“Foi um risco fazer esta apresentação da candidatura neste magnífico espaço. Mas eu vinha a descer a avenida e alguém me disse que estava mais gente aqui do que em Santo Tirso…”, contou Marco Cunha, que se referia à cerimónia de apresentação da candidata do PSD à Câmara, Andreia Neto, que decorria à mesma hora, na noite de sábado, 16 de julho.
Depois, Marco Cunha insistiu dando nova bicada na ausência de candidato do PSD à Junta de Vila Nova do Campo, desta vez com uma crítica muito forte à candidata municipal, que já foi autarca por ali, mas, ao que parece, sem grande sucesso: “Têm medo de ir a jogo ou estão a esconder o jogo. Certamente não conseguiram arranjar ninguém. Será por terem vergonha pela dívida deixada na Junta de São Martinho do Campo, onde a agora candidata à Câmara Municipal de Santo Tirso era secretária da Assembleia de Freguesia e nem as atas tinha assinado quando nós aqui chegámos?”
Joaquim Couto ouviu deleitado, pois viu nas palavras de Marco Cunha uma constatação: Vila Nova do Campo está em boas mãos, como diz o “slogan” da campanha. “Parabéns, Marco Cunha, pela prestação como presidente da Junta de Vila Nova do Campo”, elogiou Joaquim Couto.
“Não era só a Junta de Freguesia que tinha problemas financeiros em 2013. Também a Câmara Municipal tinha uma situação económica e financeira que era preciso equilibrar”, lembrou o presidente da Câmara e recandidato, explanando a receita aplicada: “Foi através de um clima de solidariedade entre a Câmara de Santo Tirso e as freguesias que, desde 2013, conseguimos implementar em todo o município um clima de paz, de cordialidade, de relação próxima e de compromisso.”
Entre críticas às “propostas em sentido” da oposição, Joaquim Couto lembrou: “Nunca assumi compromissos que não pudessem ser cumpridos. Como diz o primeiro-ministro, ‘palavra dada é palavra honrada’. Foi assim que fiz com o Marco Cunha, em Vila Nova do Campo, e com todos os presidentes de Junta do concelho.”
Sobre Marco Cunha, disse ser “uma pessoa que pensa pela sua cabeça”, algo que Joaquim Couto afirmou valorizar, com “grande ambição para os próximos quatro anos”, pois é “uma pessoa reivindicativa, que sabe o que quer, que tem experiência política e que tem um projeto para Vila Nova do Campo”. Genuíno, o povo bateu palmas.
Vila Nova do Campo resultou da reorganização administrativa de 2013, com a união das anteriores freguesias de S. Martinho do Campo, S. Salvador do Campo e S. Mamede de Negrelos. A nova freguesia possui uma área de 9,59 quilómetros quadrados e localiza-se na parte nordeste do município de Santo Tirso, na confluência com os concelhos de Vizela e Guimarães.