O Museu Internacional de Escultura Contemporânea foi, na passada sexta-feira, o palco de encontro de alguns dos melhores escultores portugueses. O momento marcou a inauguração da exposição “Quinze Escultores”, que até dia 28 de maio, dá a conhecer obras destes artistas de peso incontornável. Entrada gratuita.
Artistas com notoriedade nacional e internacional, que contam nos seus currículos com a participação nas mais prestigiadas bienais do mundo: Alberto Carneiro, António Campos Rosado, Manuel Rosa, Zulmiro de Carvalho, Carlos Barreira, Rui Sanches, Ângelo de Sousa, Rui Chafes, José Pedro Croft, Fernanda Fragateiro, Pedro Cabrita Reis, José Barrias, Ângela Ferreira, Carlos Nogueira e José Aurélio. A exposição “Quinze Escultores” reúne todos estes artistas para uma mostra no Museu Internacional de Escultura Contemporânea, que decorre até 28 de maio.
A inauguração contou com a presença de escultores já bem conhecidos da população de Santo Tirso. “São escultores que fazem parte do Museu Internacional de Escultura ao ar livre, autores das esculturas dispersas por toda a cidade. Através desta exposição, é agora possível apreciar de perto um conjunto de 15 novas esculturas desses mesmos escultores”, explicou aos jornalistas o vereador da Cultura, Tiago Araújo.
Presente no evento esteve também António Ponte, diretor Regional de Cultura do Norte, que elogiou o trabalho de Santo Tirso nesta área: “Hoje foi aqui possível conhecer a interpretação das 15 esculturas que estão expostas neste museu, e cada escultor encontrou o melhor modo de falar sobre a sua arte, com inspirações que foram do silêncio à leitura de poesia. A arte e a cultura, e no caso concreto da escultura, são atualmente assumidos como grandes motores de dinamização social e económica, para além daquilo que é o seu grande objetivo, a valorização das pessoas. Santo Tirso está de parabéns e merece ser enaltecido o trabalho que o concelho vem desenvolvendo ao longo destes anos na valorização do seu património contemporâneo”.
Escultora de referência e autora de uma das obras em exposição, Ângela Ferreira encontrou em Inglaterra a sua fonte de inspiração: uma casa que se encontra perto do Meridiano de Greenwich, com uma abertura superior e que esconde um potente telescópio, que permitiu aos ingleses mapear o céu.
“Decidi fazer uma escultura que é uma casa, usando a ideia que, de facto, ela se abre para o mundo. Por outro lado, desmultiplicando a ideia da abertura, não só para Santo Tirso mas para todos”, explicou a artista, realçando a beleza do Museu Internacional de Escultura Contemporânea.
Ângela Ferreira enalteceu, ainda, a ideia desta exposição “Quinze Escultores”, uma vez que conseguiu juntar num espaço “uma panóplia de escultores muito variados”. “Não basta haver escultores e arquitectos bons, também e preciso que haja instituições locais, que saibam utilizar essa qualidade”, elogiou.
Durante o encontro, a Câmara de Santo Tirso confirmou a intenção de, dentro de um ano, abrir o Centro de Artes Alberto Carneiro, que fará tributo a um dos grandes nomes da arte nacional, e em particular, de Santo Tirso.
A exposição “Quinze Escultores” tem entrada gratuita.