Mercedes Lachmann inaugura primeira exposição individual em Portugal

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SEXTA-FEIRA, 21 DE JULHO, PELAS 19H30, NO MUSEU INTERNACIONAL DE ESCULTURA CONTEMPORÂNEA

A brasileira Mercedes Lachmann inaugura na próxima sexta-feira, 21 de julho, pelas 19h30, no Museu Internacional de Escultura Contemporânea (MIEC), “Flecha” a sua primeira exposição individual em Portugal. Estará patente até 8 de outubro.

Tomando a flecha como elemento material e conceptual, que interliga histórias lugares e tempos, e que dialoga com a própria coleção arqueológica do Museu Municipal Abade Pedrosa – contíguo ao MIEC- Mercedes Lachmann expõe um total de catorze peças entre esculturas, instalações e vídeos.

Os trabalhos, desenvolvidos, na sua maioria, propositadamente para esta exposição, apontam para encantamento, regeneração, interdependência, sensorialidade e suspensão.

As flechas não são apenas vestígios nas obras de Mercedes, mas sujeitos carregados de conhecimento e de histórias que atravessaram o Oceano Atlântico numa espécie de levante dos que retornam, dos que ficaram no Brasil ou dos que nunca cá estiveram. A artista convida os visitantes a ouvirem atentamente o que essas obras invocam.

Biografia

Mercedes Lachmann nasceu em 1964, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha atualmente. Formou-se em Comunicação Visual pela PUC-RJ em 1986, frequentou a Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV), participou de grupos de estudo em arte e filosofia e formações com artistas e curadores. Em 2018 foi indicada ao Prêmio Pipa, um dos mais relevantes prémios de artes visuais do Brasil. Em 2020 integrou o coletivo de artistas @BoraGirls, que apoia causas de mulheres em situações de vulnerabilidade, através de ações de comunicação pela arte. A artista já apresentou inúmeras exposições dentro e fora do Brasil e o seu trabalho está presente em diversas coleções particulares.

A pesquisa que faz dá-se, primordialmente, no campo da escultura, da instalação e do vídeo, privilegiando o uso de materiais naturais. O seu trabalho tangencia questões do meio ambiente e algumas obras aproximam-se da arte ambiental e Land Art. A água foi um marco em sua poética remetendo a questões como a efemeridade da vida, as transformações da matéria e a escassez dos recursos naturais. Nos últimos anos Mercedes passou a usar plantas, ervas medicinais e aromáticas em seus trabalhos, onde combina diferentes intensidades, qualidades e potências elaborando uma alquimia sensível. Com as plantas, novos materiais vêm sendo incorporados nas suas produções como a madeira, as folhas, as sementes, metais, vindo ao encontro de um pensamento de integração, colaboração e proliferação de formas e experiências sinestésicas, como observamos na expressão da natureza.

 

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