Obras na Igreja de Antas revelam antiga necrópole do Séc. XII

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As obras de revitalização do espaço envolvente da Igreja de Antas, promovidas pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, deram a conhecer a presença no local de uma antiga necrópole que remonta ao século XII.

A descoberta foi feita por uma equipa de arqueólogos que, sob a orientação da Direção Regional de Cultura do Norte e tendo em conta o interesse patrimonial do monumento, tem acompanhado as obras junto à igreja românica.

Desde o início dos trabalhos, em maio, e até ao momento foram identificados e intervencionados cerca de 60 enterramentos, a grande maioria com esqueletos associados.

De acordo com os especialistas no terreno, pelo espólio encontrado junto às sepulturas – moedas, pregos, contas, terços, anéis e material cerâmico – bem como pela tipologia dos enterramentos, é possível determinar três fases distintas de ocupação desta necrópole.

A primeira e mais antiga corresponde à época de construção da Igreja de Santiago de Antas, no Século XII. A segunda remonta aos Séculos XIV e XVI e, finalmente, uma terceira e última fase de utilização estabelecida entre os Séculos XVIII e XIX.

Apesar dos trabalhos ainda não estarem concluídos e dos resultados até agora apurados serem de carácter preliminar, o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, salienta a importância histórica desta descoberta.

Atualmente a realização de escavações arqueológicas ocorre predominantemente no contexto da implementação de projetos de obras como medida de minimização face a eventuais impactes sobre o património arqueológico.

Projetada pelos arquitetos Hugo Correia e Jorge Maia, recorde-se que a revitalização do espaço envolvente às duas igrejas, cemitério e centro escolar de Antas implicou um investimento municipal superior a meio milhão de euros. Da obra resultará um espaço integrador, funcional e harmonioso e uma nova centralidade à cidade.

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