A Comissão Política Concelhia do PAN – Pessoas-Animais-Natureza defende a realização de um referendo à desagregação das freguesias de São Martinho e Santiago de Bougado, como forma de dar voz à população que se sentirá traída pelo o chumbo da proposta de desagregação das freguesias, apresentada pelo Movimento por Santiago de Bougado, na Assembleia de Freguesia Extraordinária, realizada dia 27 de Outubro.
O partido manifesta-se solidário com o Movimento por Santiago de Bougado e defende que, nestas situações, a primazia deve ser dada à vontade da população. O PAN enaltece a adesão massiva do público à sessão extraordinária, considerando que isso demonstra a importância do tema para a comunidade.
A concelhia da Trofa do PAN discorda do Presidente da Junta de Freguesia de Bougado Luís Paulo Sousa, que defendeu que a agregação das freguesias de 2012 não acarretou prejuízo para as populações. Para o partido, apenas e só a potencial perda de identidade da população, de cada uma das antigas freguesias, pode configurar um grave prejuízo para os seus habitantes.
O PAN Trofa repudia a afirmação de Luís Paulo Sousa, quando este informou os presentes que, ao longo dos 9 anos de governação, alocou 80% do orçamento da freguesia para investimentos no território da antiga freguesia de Santiago de Bougado. Habitando no território da antiga freguesia de São Martinho cerca de 70% da totalidade da população da actual freguesia de Bougado, o partido considera que o inerente desinvestimento em São Martinho é outro dos graves prejuízos que a agregação provocou.
A concelhia da Trofa do PAN lamentou também a decisão da Presidente da Assembleia de Freguesia, Isabel Loureiro, que decidiu que a votação da proposta deveria ser feita por voto secreto, já que a mesma pode ser vista como uma tentativa de desresponsabilizar os deputados pelo resultado da votação.
Assim, o partido solicitou esclarecimentos ao Presidente da Junta de Freguesia de Bougado sobre a sua disponibilidade para diligenciar para a realização de um referendo à desagregação das freguesias, considerando essencial ouvir a população que não se sentirá representada pela decisão que saiu da votação pelos 13 deputados da Assembleia de Freguesia.
