PS dá troco a Henrique pinheiro em plena Assembleia Municipal

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Na passada terça-feira, 28 de abril pelas 21.30 teve lugar no salão nobre da Câmara Municipal de santo tirso, mais uma assembleia geral da era Joaquim Couto.

Devemos salientar o elevado número de público presente, fato pouco habitual.

Depois de aberta da sessão, entrou-se no período antes da ordem do dia, onde teve também um número pouco normal de inscrições de deputados, tendo iniciado esse período, a deputada Ana Filipa do PSD, abordando a problemática que é o caso hospital de Santo Tirso / Misericórdia, onde o processo de transferência está em curso.

De seguida interveio o deputado socialista Eurico Tavares, manifestando uma posição do PS de Santo Tirso, sobre a intervenção de Henrique Pinheiro Machado, nas comemorações do dia da liberdade, em pleno átrio da Câmara. Mas também, abordou outro assunto, segundo o próprio sem fundamento, que é o caso EDP/ GAS.

Depois foi a vez de Marco Cunha do PS, explorando IMI, lamentando a política da coligação no governo, desafiando o PSD tirsense a demarcar-se daquela posição, penalizadora para o concelho de Santo Tirso.

Seguiu-se o deputado do PSD José Afonso, que abordou o caso da educação sobre a variação de alunos nas escolas, servindo-se de termo de comparação com os concelhos vizinhos.

Dando continuidade às intervenções dos deputados, foi a vez de Patrícia Machado do PS intervir, desenvolvendo o tema do desinvestimento na Câmara Municipal, em favor do governo central.

De seguida, foi a vez do independente Henrique Pinheiro Machado, iniciando a sua intervenção, em nossa opinião, reprovável, uma vez que só cumprimentou o Presidente da mesa, o público e a comunicação social, ignorando os restantes representantes eleitos (deputados, e vereadores). O deputado independente, focalizou o seu discurso à volta da Associação Humanitária Negrelense.

Depois, interveio o deputado Roberto Figueiredo, do PS, fazendo uma intervenção politica em nome do PS, baseada no discurso de Henrique Pinheiro Machado no dia 25 de abril nas cerimónias oficiais realizadas na camara municipal, discurso esse que passamos a citar:

A bancada do Partido Socialista está profundamente indignada com o teor da intervenção do representante do movimento independente “P’rá Frente Santo Tirso” na sessão solene comemorativa do 25 de Abril.

 

Convidado pela Câmara Municipal a usar da palavra na qualidade de porta-voz daquele grupo de cidadãos, Henrique Pinheiro Machado aproveitou o palco que lhe foi dado para atacar e atentar contra o bom-nome de pessoas e instituições e para denunciar um caso em que é parte interessada.

 

Matreira e cobardemente, nunca referiu que a instituição que estava em causa, a Associação Humanitária Negrelense, tem na liderança dos seus Órgãos Sociais elementos que fizeram parte da lista independente que concorreu às eleições para a Junta de Freguesia de S. Tomé de Negrelos e tem como vice-presidente da Direção o próprio Henrique Pinheiro Machado.

No caso da Associação Humanitária Negrelense, Henrique Pinheiro Machado é mais réu do que vítima. Aliás, de vítima não tem nada.

Henrique Pinheiro Machado está em desespero de causa, porque não consegue resolver o problema em que meteu a Associação Humanitária Negrelense, por incúria e por incompetência.

Mas isso não lhe dá o direito de caluniar e insultar. De tentar enganar quem o estava a ouvir, ao fazer crer que estava a defender uma instituição que não lhe dizia nada, quando, na verdade, foi o seu fundador e tem funções de vice-presidente da Direção.

Na intervenção que fez na sessão solene do 25 de Abril, em nome do movimento independente “P’rá Frente Santo Tirso” e não como vice-presidente da Associação Humanitária Negrelense, Henrique Pinheiro Machado omitiu dolosa e propositadamente factos que ajudam a perceber a situação em que caiu a associação que fundou e que, na prática, é liderada por si. Só não é no papel, porque, uma vez mais, foge às suas responsabilidades, esconde-se e tenta enganar tudo e todos.

Primeiro, omitiu que é formalmente vice-presidente da Direção.

Segundo, omitiu que a associação é liderada pelo antigo tesoureiro da Junta de S. Tomé de Negrelos e candidato derrotado à Junta pela lista independente “Todos Por Negrelos”. Aliás, basta ver a composição dos Órgãos Sociais da associação para se perceber a dimensão da partidarização de que foi objeto a Associação Humanitária Negrelense.

Terceiro, omitiu a má gestão de que tem sido vítima a Associação Humanitária Negrelense.

Quarto, omitiu que a Direção da associação assumiu um conjunto de responsabilidades no âmbito do protocolo estabelecido, em junho de 2013, entre a Junta e a Câmara e não as cumpriu.

Não cumpriu com a obrigação de zelar pela manutenção e conservação do espaço cedido na Escola das Pombinhas, onde funciona a sede da associação. Basta passar pelo espaço para confirmar o matagal em que está transformado.

Não cumpriu com a responsabilidade pelo pagamento das despesas com a luz. Assim, a Câmara teve de suportar uma dívida à EDP de cerca de cinco mil euros, por faturas vencidas entre 28 de outubro de 2013 a 27 de fevereiro de 2015.

Não cumpriu, por fim, com o objetivo que esteve na origem da celebração do protocolo entre a Junta e a Câmara: manter viva e em atividade a Associação Humanitária Negrelense.

A única iniciativa digna desse nome que é conhecida à associação foi a realização de um peditório para a aquisição de uma ambulância, no longínquo ano de 1996!

Meritória, sem dúvida, a iniciativa, mas ainda ninguém viu a cor da ambulância…

Tratando-se de um antigo autarca de freguesia e de um membro da Assembleia Municipal, as faltas à verdade e as omissões já seriam, por si só, graves. Mas Henrique Pinheiro Machado tem responsabilidades acrescidas, por também ser diretor de um Órgão de Comunicação Social.

E, na qualidade de diretor do “Ecos de Negrelos”, o comportamento de Henrique Pinheiro Machado também tem sido pautado por acusações rasteiras, ataques pessoais sem direito a defesa e pelo sistemático desrespeito pelas mais básicas regras da liberdade de Imprensa e do código deontológico dos jornalistas.

O jornal que Henrique Pinheiro Machado dirige não é um jornal – é um veículo de propaganda do movimento que lidera e um instrumento nas suas mãos para lançar calúnias e ofender pessoas e instituições, incapazes de se defenderem, porque Henrique Pinheiro Machado não permite sequer o contraditório.

Henrique Pinheiro Machado é indigno da classe dos profissionais dos Órgãos de Comunicação Social.

Henrique Pinheiro Machado atenta contra a liberdade de Imprensa que jurou cumprir.

Henrique Pinheiro Machado é indigno do cargo de autarca que ocupou na Junta de Freguesia de S. Tomé de Negrelos, a qual abandonou, à força da lei, com compromissos assumidos de várias dezenas de milhares de euros. Uma pesada herança que representa cerca de um terço do orçamento de um ano da Junta.

É chegada a hora de dizer “Basta!”. Não podemos calar mais a indignação pelo mal e pelos prejuízos causados por Henrique Pinheiro Machado.

Henrique Pinheiro Machado tem direito à opinião. Mas não tem direito a ofender.

Henrique Pinheiro Machado tem direito de se manifestar contra a limitação de mandatos. Mas não tem o direito de destilar ressabiamento contra quem legitimamente assumiu o cargo de presidente da Junta de S. Tomé de Negrelos.

Henrique Pinheiro Machado tem direito de se manifestar contra a limitação de mandatos, mas não tem o direito de reter, durante ano e meio, as atas da Junta relativas aos mandatos de 2005-2009 e 2009-2013. Se outro mérito não tivesse, a limitação de mandatos, uma exigência da República, renova a Democracia e impede o prolongamento de tiques autocráticos e radicais.

Henrique Pinheiro Machado tem direito a achar que, antes de 2013, é que era. Compreende-se. Não deve ser fácil perder-se a dimensão de alter-ego que tinha no passado. Mas, apesar de lhe estar a custar lidar com a nova realidade, mesmo assim, não tem o direito de insultar.

Henrique Pinheiro Machado tem o direito de ser uma marioneta e uma caixa-de-ressonância nas mãos de quem muito bem entender. Mas também tem o dever de respeitar todos aqueles que, por direito próprio, exercem o poder em nome do povo. Mesmo contra a sua vontade. É assim a Democracia!

Em política, como na vida; no movimento associativo, como na vida; ou na nobre função de informar e formar, como na vida, não pode valer tudo!

Por fim, pedimos ao diretor do Ecos de Negrelos que publique esta declaração política na próxima edição do jornal.

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Os eleitos nas listas do Partido Socialista.

A assembleia continuou com a intervenção de Vítor Monteiro PS , abordando mais uma vez a questão do hospital/Misericórdia, desmentindo a posição anteriormente manifestada pelo PSD, afirmando que o único responsável pela possível passagem para a Misericórdia do hospital, é exclusivamente da coligação PSD/CDS.

Graça Mesquita do PSD, entreviu para desmentir o deputado Marco Cunha do PS, na questão do IMI, afirmando que Marco Cunha, se terá enganado apenas em cinco milhões, quanto aos números do IMI.

Seguiu-se mais um deputado do PS, Rogério Frião, abordando o caso das vacinas, que o governo se prepara para liberar, afirmando o deputado, que já vem tarde, uma vez que o município de Santo Tirso, já à muito tomou essa posição para as famílias mais carenciadas.

O período antes da ordem do dia, viria a terminar com a intervenção do presidente Joaquim Couto fazendo uma síntese sobre os temas que em seu entender mereceram uma tomada de posição do presidente.

 

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