Robert Schad: autor da “cruz alta” do santuário de fátima expõe em santo tirso

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Exposição “entre tempo” é inaugurada dia 23, pelas 18h30, no museu internacional de escultura contemporânea

 A partir de 23 de junho e até dia 1 de outubro, o Museu Internacional de Escultura Contemporânea recebe a exposição “Entre Tempo”, do escultor Alemão Robert Schad. Artista galardoado com vários prémios internacionais, o escultor conta com um vasto leque de obras em espaços públicos, entre as quais a magnificente “Cruz Alta” do Santuário de Fátima. O momento de inauguração, pelas 18h30 da próxima sexta-feira, contará ainda com um espetáculo protagonizado pelo bailarino Rui Horta, uma das maiores referências da dança europeia.

 Um Museu cada vez mais internacionalizado, que traz a Santo Tirso o melhor da arte contemporânea de todo o mundo. O escultor alemão Robert Schad é o protagonista da exposição “Entre Tempo”, que estará patente no Museu Internacional de Escultura Contemporânea a partir de 23 de junho e até dia 1 de outubro.

“Entre Tempo” aborda o lapso transitório entre a perceção da visão e a configuração espectral da realidade – um tempo indeterminado -, simbólico, que, segundo o artista, “não pode ser medido senão pela sua qualidade, por linhas que se agregam e desagregam em conveniências fluídas. Uma ordem intuitivamente percetível que só se manifesta nos intervalos da visibilidade, na aceleração construtiva de uma encenação da teatralidade do gesto.”

Na sua arte, o escultor retrata o tempo breve do olhar, prévio ao momento da reflexão que confere ordem à realidade observada. Nessa passagem, a coerência invisível dos elementos transmuta-se num ritmo expressivo, que se repete numa sequência de movimentos coreografados, reconfigurando-se na fluidez do tempo e do espaço, desmaterializando a matéria bruta do suporte para dar lugar à primazia da poética do gesto numa dimensão lírica e intemporal.

Nascido na Alemanha, desde cedo Robert Schad estabeleceu uma ligação com Portugal, tendo ganho uma bolsa de Estudo do Serviço Alemão de Intercâmbio Académico para participação profissional na Escola Superior de Belas Artes do Porto, em 1981. No ano seguinte, venceu o prémio de desenho da III Bienal de Arte Contemporânea em Vila Nova de Cerveira, o primeiro de um número vasto, que venceria ao longo da sua carreira, nomeadamente o Prémio Internacional de Desenho Joan Miró, em Barcelona.

Vive entre Larians, França e Chamosinhos, Portugal, e expôs em nome individual em países de todo o mundo, como Espanha, Portugal, Alemanha e Brasil, alguns dos quais possuem esculturas monumentais em espaços públicos, como a magnificente “Cruz Alta”, no Santuário de Fátima. O seu trabalho integra ainda projetos interdisciplinares relacionados com coreografia e dança, projetos na margem entre a arquitetura e a escultura, com participação em centenas e monografias.

O caráter expressivo e ritmado de “Entre Tempo”, traz ao Museu Internacional de Escultura Contemporânea o conceituado bailarino Rui Horta, que atuará no dia da inauguração, pelas 18h00. Nascido em Lisboa, começou a dançar aos 17 anos nos cursos de bailado do Ballet Gulbenkian, tendo posteriormente vivido vários anos em Nova York, cidade onde completou a sua formação e desenvolveu o seu percurso de intérprete e professor.

Dirigiu o Soap Dance Theatre Frankfurt, na Alemanha, durante os anos 90, sendo o seu trabalho considerado como uma referência da dança europeia, apresentado nos mais importantes teatros e festivais de todo o mundo, como o Thêatre de la Ville, em Paris, que apresentou e co-produziu as suas obras ao longo de uma década.

É um dos mais importantes impulsionadores de uma nova geração de bailarinos e coreógrafos portugueses. Para além do seu intenso trabalho de criador independente, Rui Horta criou, como artista convidado, um vasto repertório para companhias de renome, tais como o Grande Ballet de L’Opera de Genéve.

Ao longo da sua carreira, recebeu importantes prémios e distinções, tais como o Grande Prix de Bagnolet e o grau Chevalier de L’Ordre des Arts et Des Lettres, pelo Ministério da Cultura Francês. A sua criação coreográfica foi, recentemente, classificada como Herança da Dança Alemã.

A entrada para a exposição é gratuita.

ATIVIDADES PARALELAS

Para além da exposição de Robert Schad, o Museu Internacional de Escultura Contemporânea promove ainda várias atividades, dedicadas a toda a família, nomeadamente atividades lúdico-pedagógicas, como: visitas guiadas ao parque escultórico do concelho e visitas orientadas arte-arqueologia-arquitetura; Oficinas de escultura para o público escolar (jardim de infância, 1º, 2º e 3º ciclos); Oficinas Familiares de Arqueologia e Percursos de Arte, Arqueologia e Arquitetura.

 

 

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