Se a Revolução contasse a sua História, o que decidia transmitir e revelar à Humanidade?
Descrevia a Ditadura e suas graves consequências para o País, a fim de comprovar, que a Revolução dos Capitães de Abril não foi um Ato de Desobediência, mas sim de Resistência.
Mencionava o Semáforo Encarnado. Quase como uma última Chamada de Atenção: Rendição ou Revolução? Muito caminho andado. Tarde de mais para recuarem, mas não para dialogarem: corajosa Cena do Lenço Branco.
Qual pensamento seria apresentado? – A Verdade: não foi um Ato de Rendição, mas sim de elevada Coragem. Capitães de Abril, tão jovens perante uma severa Responsabilidade, decidiram, que, se lutavam contra o fim da Guerra Colonial, não deviam transferir o Campo de Batalha para Portugal. Por conseguinte, o Movimento das Forças Armadas enfrentou a Ordem de Fogo com a Palavra do Diálogo. Decisivos para comprovarem que como Militares não estavam a “desobedecer”, mas sim a resistir para defender a Pátria. Defenderam com Seriedade e Dignidade.
E a Revolução orgulhosa sensibilizava como os sublinhados Valores também estavam presentes por intermédio de outro Herói do Passado: Aristides de Sousa Mendes do Amaral e Abranches, o corajoso Cônsul de Bordéus. Na Coluna Militar de Santarém seguia Francisco Sousa Mendes, Neto do respeitado Diplomata. Diplomacia e Militares uma Frente, que a Ditadura não conseguiu vencer.
Não foi fácil. Na Noite de São Silvestre 1961/62 o País conheceu o Golpe na Pax Júlia, Quartel de Beja. Acontece, que falhou. – Mas uma Tocha com as Palavras do Capitão João Varela Gomes se acendeu:
“Que outros triunfem, onde nós fomos vencidos.”
Tocha, que anos mais tarde, seguiu de Beja para as Caldas da Rainha. A 16 de Março de 1974 occoreu a Revolta da Caldas da Rainha, que infelizmente também falhou.
“… perdeu-se uma batalha, mas não se perdeu a Guerra.” (Jornalista Eugénio Alves)
Não foi Guerra, mas sim uma Revolução, que transformou Espingardas em Cravos Encarnados.
O pequenino Cravo que veio da Tavira para Lisboa e sem saber escreveu História Lusitana.
Ao fim do Dia a Tocha, que durante muitos anos não desistiu de alumiar o Futuro, transformou-se em Flor da Revolução. Um Cravo que – por falta de um Cigarro – oferecido a um Soldado enfeitou a Espingarda – para a Eternidade:
Revolução dos Cravos Encarnados.
Autoria
Pequena Biografia de Isalita Pereira – Secreta Poeta
De Descendência Alentejana. Com Berço na Alemanha. Finalista da Universidade de Frankfurt am Main. Historiadora com Dedicação à História Universal. A Viver em Portugal e a escrever Cravos da Revolucão, Rosas Lusitanas e Históricas Tochas. Uma Aliança entre Poesia e História, que descreve uma Vida, que o Ser Humano pensou, mas o Destino guia, por conseguinte perante enigmáticas e desconhecidas Estradas da Vida.