Presidente da Direcção dos Bombeiros Voluntários de Vila das Aves não olha a meios para atingir os fins
A secção do Partido Socialista de Vila das Aves está profundamente preocupada com o estado pantanoso, partidarizado e clientelar a que chegou a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila das Aves. Se sempre houve dúvidas em relação aos inconfessáveis interesses que estiveram na origem da candidatura do atual presidente da Direção dos Bombeiros Voluntários de Vila das Aves, o tempo – e as Eleições Autárquicas de 1 de outubro de 2017 – fez vir ao de cima a estratégia levada a cabo pelo atual número três da lista candidata à Câmara Municipal pela coligação PPD-PSD/CDSPP.
O atual presidente da Direção dos Bombeiros de Vila das Aves sempre teve a ambição de ser candidato a presidente e/ou vereador da Câmara Municipal. Contra tudo e contra todos. Para ter condições políticas de impor o seu nome numa lista candidata à Câmara Municipal, pôs em marcha um trabalho caciqueiro e de autopromoção à frente dos destinos dos bombeiros.
Sentado na cadeira do poder da associação humanitária, o atual presidente da Direção, sem qualquer pudor, instrumentalizou e partidarizou a instituição, para benefício próprio, nomeadamente por interesse político-partidário. A estratégia foi bem-sucedida. Em dificuldade de afirmação interna e no concelho, aquela a quem Carlos Valente acusou de fazer parte dos “carneiros manipulados” pelo anterior líder do PPD-PSD e atual vereador da oposição na Câmara Municipal não teve alternativa que não fosse ceder hipocritamente às exigências do atual presidente da Direção dos bombeiros e colocá-lo como número três da lista à Câmara Municipal.
Carlos Valente não olha a meios para atingir os fins. Agiu premeditadamente e contou com o silêncio cúmplice de um conjunto de atores da freguesia e do concelho, nomeadamente a candidata da coligação PPD-PSD/CDS-PP, para quem também vale tudo à medida que as eleições se aproximam. Mas Carlos Valente foi traído pelo próprio veneno. A personalidade autocrática e autoritária, assente numa liderança do “quero, posso e mando”, já levou à demissão de seis membros da Direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila das Aves, que está em profunda convulsão interna, com graves prejuízos para a sua imagem e bom nome e mesmo para o normal funcionamento do corpo de bombeiros.
Em face do ambiente que se vive nos Bombeiros Voluntários de Vila das Aves, o PS/Vila das Aves desafia o presidente da Direção a esclarecer o seguinte:
– Quando vai finalmente quebrar o silêncio e explicar a demissão de seis membros da Direção e o afastamento arbitrário e persecutório de alguns profissionais clínicos, substituindo-os por outros que fazem parte da clientela partidária e do grupo de amigos?
– Considera ainda ter condições para continuar a presidir à Direção dos Bombeiros da Vila das Aves, depois da confirmação de que se serviu dos bombeiros para se promover e dar palco político àquela que, num passado recente, acusou de “carneiro manipulado” pelo vereador do PPD-PSD no executivo municipal?
A secção do PS/Vila das Aves responsabiliza o atual presidente da Direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila das Aves pela instabilidade diretiva e orgânica que se vive na corporação e apela a todas as forças vivas da freguesia e do concelho, bem como aos Órgãos Sociais ainda em funções, nomeadamente à mesa da Assembleia Geral, para que ponham fim a uma situação degradante e vergonhosa para o prestígio de uma instituição construída ao longo de décadas pelo esforço e dedicação de homens como Geraldo Garcia, Belmiro Vieira ou Joaquim Abreu, entre outros.
