“SCULP ENTRE SONHOS” É DA AUTORIA DE JOAQUIM PAVÃO
Obra ficcional, baseada nas esculturas que compõem o Museu Internacional de Escultura Contemporânea (MIEC), “Sculp Entre Sonhos” recebeu o prémio de melhor filme experimental no “Festival Internacional de Cine sobre Ufología y Fenómenos Paranormales”, que decorreu no Museo Nacional de Bellas Artes de Neuquén, na Argentina.
Com mais de 100 filmes em competição, o “Festival Internacional de Cine sobre Ufología y Fenómenos Paranormales” é um evento único a nível mundial que procura explorar através do cinema duas perguntas transcendentais para o ser humano “Estamos sozinhos?” e “para onde vamos?”, e distinguiu “Sculp Entre Sonhos” com o prémio de melhor filme experimental.
Curta-metragem, de 23 minutos, da autoria de Joaquim Pavão, “Sculp Entre Sonhos” decorre num mundo pós-capitalismo em que toda a existência está determinada, todos os problemas resolvidos e o equilíbrio atingido. Através do sonho, as personagens mergulham numa abstração antagónica à realidade onde habitam. Este confronto leva-as a questionar o seu próprio papel dentro de um sistema, promovendo a sua saída. Estes, os instáveis, habitam o contraponto, uma realidade onde o livre arbítrio entrega a existência à complexa teia de ações individuais.
Joaquim Pavão realizou o filme instalação “Sculp Sonhos”, uma longa-metragem ficcional em torno do acervo do Museu Internacional de Escultura Contemporânea, que deu também lugar a uma exposição, em 2020. “Sculp Entre Sonhos” surge como uma interpelação dessa primeira obra.
“Entre Sonhos” foi já exibido na RTP2 e estreou no festival 24º AVANCA. Posteriormente passou pelos festivais de Montecatini (Itália), Meihodo (Japão), OSFF (Birmânia), Entre Olhares (Barreiro) e Córdoba (Argentina). Foi ainda escolhido para a competição oficial dos festivais americanos “Bridge Fest 2021” e “7th Art Festival of Miami”.
O Museu Internacional de Escultura Contemporânea nasceu no início dos anos 90, numa ideia que partiu do escultor já falecido Alberto Carneiro. Atualmente, é composto por 57 esculturas ao ar livre, dispersas por seis polos da cidade de Santo Tirso, conta com obras de 56 escultores nacionais e internacionais, desde o artista belga Paul Van Hoeydonck, que tem uma obra sua na lua, até nomes como Pedro Cabrita Reis, Fernanda Fragateiro, Júlio Le Parc, Fernando Casás e Carlos Criz Diez. A 21 de maio de 2016, o MIEC “ganhou” a sua sede, resultado de um projeto que juntou os dois prémios Pritzker portugueses, os arquitetos Álvaro Siza Vieira e Eduardo Souto de Moura.