“Basta um caso de cancro na próstata na família para aconselhar os restantes homens a procurarem acompanhamento médico a partir dos 45 anos”, alerta Estevão Pinto, urologista do Hospital Lusíadas Porto.
E esclarece: “Apesar de ainda não conhecermos bem todas as causas envolvidas no desenvolvimento do cancro da próstata está provado que há fatores genéticos que predispõem o seu surgimento. Por essa razão sempre que existe uma história familiar pesada, onde o pai ou o irmão ou o avô já tiverem morrido da doença, o rastreio deve iniciar-se logo aos 45 anos, em vez dos habituais 50 anos”.
O cancro da próstata não tem sintomas e só se manifesta numa fase muito tardia, nomeadamente por dores ósseas. “Assim sendo, só com rastreios, especialmente através de realização do PSA anual, uma análise ao sangue, e do toque rectal, é que podemos diagnosticar o cancro da próstata”, explica o urologista.
“Este tumor é tratável e curável, desde que diagnosticado em fases precoces. Há estudos recentes que indicam que o rastreio oportuno vale a pena e diminui o risco de vida”, esclarece.
Em Portugal surgem 4000 novos casos por ano de cancro da próstata. Este é o tumor mais frequente e a segunda causa de morte por cancro, logo a seguir ao pulmão.