A Câmara Municipal de Santo Tirso iniciou a instalação dos parquímetros no centro da cidade. De acordo com o contrato de concessão, esta realidade marcará o dia-a-dia dos tirsenses ao longo dos próximos 15 anos.
Na próxima década e meia, os 1003 lugares de estacionamento previstos no acordo permitirão à empresa ESSE faturar cerca de 16,4 milhões de euros (valores sem IVA) e farão com que a Câmara Municipal arrecade em torno de 9,4 milhões de euros.
Muitos milhões de euros a sair das nossas carteiras!
Há cerca de um mês e meio, o PSD de Santo Tirso fez saber publicamente que considera absurdo todo este processo iniciado em 2018 e recordou que sempre foi contra a instalação e exploração por terceiros dos parquímetros no centro da cidade. Basta aceder à plataforma da Câmara Municipal e consultar as atas das assembleias municipais para verificar o que afirmamos.
A concessão do estacionamento público à empresa ESSE acabou por ser aprovada em reunião do executivo camarário no passado dia 17 de fevereiro e em Assembleia Municipal no dia 24 de fevereiro, sempre com os votos contra do PSD!
Desde o início, esta decisão contou com uma forte oposição social-democrata!
Hoje, reafirmamos que os aumentos da área de estacionamento pago em Santo Tirso e do preço da respetiva tarifa são uma afronta a todos os munícipes e mais um golpe na atividade comercial da cidade, ao contrário do que tem afirmado o executivo municipal na comunicação social.
Na prática, a Câmara Municipal irá “oferecer” aos moradores da cidade, aos munícipes que diariamente se deslocam a Santo Tirso para trabalhar e aos demais visitantes um aumento de 20 cêntimos/hora, ou seja, o preço para poder estacionar o veículo no centro da cidade passará de 40 para 60 cêntimos/hora (centro).
A nova tarifa vai afetar a zona central da cidade e os parques inferior da Câmara Municipal e da Rua do Retiro (estes últimos passarão a ser pagos).
Para estacionar nas ruas adjacentes, os tirsenses e visitantes desembolsarão 50 cêntimos/hora.
A Câmara Municipal, que, durante a pandemia, tanto afirmou estar preocupada com os tirsenses, esqueceu-se que uma boa parte dos moradores do centro da cidade não tem garagem.
Também ignorou o facto de muitos tirsenses terem optado pela modalidade do teletrabalho, o que, pela manhã, obrigará à remoção dos respectivos veículos para locais mais distantes das suas residências.
De facto, uma machadada no bolso e no conforto de muitas famílias de Santo Tirso, que nem o propalado cartão de residentes vai conseguir mitigar.
Por outro lado, às portas do verão e com um comércio local a necessitar de incrementar as suas modestas receitas, o executivo liderado por Alberto Costa cria mais um entrave à visita de turistas e emigrantes.
Afinal, nem todos cuidam de todos!
Desde já, ficam os estimados munícipes a saber que:
1) o PSD de Santo Tirso sempre foi e é claramente contra o aumento da área do estacionamento pago e do respetivo aumento das tarifas;
2) o PSD está preocupado com o que poderá acontecer noutras ruas de Santo Tirso ou após a futura requalificação do parque da Feira, anunciada pela Câmara Municipal, com o objetivo de “ordenar o estacionamento ali existente”;
3) o PSD de Santo Tirso não admitirá que, a poucos meses das eleições autárquicas de 2025, o município seja palco de mais uma encenação política por parte de Alberto Costa (lembram-se do Caso Indaqua?!) – não vai valer a pena fingir que se “rasga” o contrato com a ESSE, alegando que este documento vai contra os interesses dos tirsenses, pois, todos conhecemos a assinatura que consta no documento!
Um futuro executivo social-democrata em Santo Tirso irá rever, de forma efetiva, esta e outras concessões!
Uma Câmara Municipal social-democrata lutará pela devolução dos estacionamentos públicos aos tirsenses e a quem visita a nossa cidade, promovendo o comércio tradicional!
Um executivo do PSD não admitirá que fiscais de colete castiguem ainda mais os bolsos dos munícipes em favor de interesses privados!
Uma Câmara Municipal social-democrata devolverá a Santo Tirso a paz e a tranquilidade.
Ricardo Pereira – Presidente da Comissão Política
