O ato eleitoral relativo às primárias no concelho de Santo Tirso decorreu com normalidade e deu a vitória a Joaquim Couto, como consta na ata assinada pelos elementos da mesa, provenientes das duas candidaturas, sem constar qualquer reclamação ou situação anómala. A comissão da candidatura de Joaquim Couto estranha esta posição “tardia” de Ana Maria Ferreira pois “logo após a derrota felicitou pessoalmente Joaquim Couto pela vitória e enviou mensagem a todos os militantes como vencida”.
“Não há lugar a qualquer impugnação porque todo o ato decorreu dentro da legalidade e transparência. A ata assinada não regista qualquer reclamação que seria indispensável para uma eventual impugnação. A única irregularidade deste processo está na sua condução porque logo após o assinar da ata todos os documentos, designadamente os boletins de voto sobrantes e demais elementos, deveriam ter sido enviados de imediato para a Federação, em envelope fechado, e tal não aconteceu. Recebemos a informação da Federação que até às 12h00 de hoje, dia 3 de janeiro, a ata ainda não deu entrada”, denuncia a comissão da candidatura de Joaquim Couto.
O envio dos documentos deveria ter sido feito pelo Presidente da Mesa e da Assembleia Geral de militantes, António Guedes, que “sem que se entenda o porquê os mantém na sua posse desde a assinatura do ato eleitoral, sábado, 29 de dezembro”. “Todo o processo eleitoral é coordenado pelo Presidente da Concelhia, Castro Fernandes, a quem competia zelar pelo bom andamento do processo, e que está afinal conivente com esta encenação, caso contrário não teria permitido que esta situação decorresse. Aliás, ao revelar que não consegue distanciar-se do apoio a Ana Maria Ferreira deveria ponderar se tem condições para continuar à frente da Comissão Política Concelhia”.
“Tudo o que eventualmente se poderá ter passado após a assinatura da ata é da inteira responsabilidade do presidente da Mesa e da Assembleia Geral de militantes e do Coordenador eleitoral e Presidente da Comissão Politica Concelhia, respetivamente António Guedes e Castro Fernandes, apoiantes incondicionais da candidatura de Ana Maria Ferreira”.
Cavar um fosso entre os militantes e conseguir espaço para forçar uma candidatura independente de Ana Maria Ferreira é o que move, na opinião da comissão da candidatura de Joaquim Couto, esta posição assumida pela candidatura vencida. Só assim se pode entender esta atitude “desesperada de semear a discórdia e a suspeita em redor de um processo eleitoral que decorreu com toda a transparência e normalidade absolutas”.
A secção de Santo Tirso tem 702 militantes inscritos nos cadernos eleitorais, votaram 644 militantes, dos quais 337 votaram Joaquim Couto e 301, Ana Maria Ferreira. Houve 3 votos em branco e 3 votos nulos. A secção de Vila das Aves tem 77 inscritos, e o resultado foi de 56 para Ana Maria Ferreira, e 21 para Joaquim Couto, sem votos brancos. Isto perfaz o total de 358 para o vencedor e 357 para a candidatura vencida.
“Pela unidade do Partido só podemos lamentar todo este circo que procura fragilizar o PS mas de nada adiantará porque o que nos move é a união do partido e a unidade na ação. O nosso objetivo imediato é promover o consenso e avançar com todos para a constituição de uma equipa forte para concorrer à câmara e à Assembleia Municipal, sendo certo que os presidentes de junta do PS que a lei permite que se possam recandidatar, manter-se-ão como candidatos”, afirma a comissão da candidatura de Joaquim Couto.
“Estamos serenos e seguros da verdade e damos por encerrado este processo”.
A Comissão da Candidatura de Joaquim Couto
