Conselho deontológico dá razão a queixa apresentada pelo município de santo tirso
O Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas deu razão ao Município de Santo Tirso na queixa apresentada contra o diretor do jornal Notícias de Santo Tirso, por violação do princípio do contraditório, considerando que aquele jornalista local tem tido “uma postura profissional que merece a mais veemente condenação pública”. O Conselho Deontológico reprova ainda “as campanhas pessoais e atentatórias da dignidade e bom nome das pessoas” levadas a cabo por Augusto Pimenta.
Na sequência de duas queixas apresentadas pelo Município de Santo Tirso contra o diretor do jornal Notícias de Santo Tirso, por violação do princípio do contraditório, o Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas não teve dúvidas em censurar a conduta profissional de Augusto Pimenta, sublinhando que a tentativa reiterada de calar a Câmara Municipal “é um jornalismo manifestamente irresponsável, logo, um não-jornalismo”.
Para a Câmara Municipal, fica provado aquilo que tem vindo a dizer publicamente: o jornalista do Notícias de Santo Tirso difama, lança suspeitas, acusa sem provas, produz notícias mascaradas de ataques pessoais e não cumpre com um dos princípios fundamentais da conduta ético-profissional dos jornalistas: o princípio do contraditório.
A Câmara Municipal sempre pautou o relacionamento com os jornalistas por princípios de rigor, transparência e cordialidade, respeitando o livre exercício do jornalismo, pedra-basilar num Estado democrático.
De facto, para a Câmara Municipal, a liberdade de expressão e de informação é um direito inalienável, consagrado na Constituição. Ao longo dos últimos tempos, a Câmara Municipal alertou o diretor do jornal Notícias de Santo Tirso para a necessidade de informar os leitores com rigor e objetividade, ouvindo todas as partes envolvidas nos textos publicados e confirmando as informações.
Reiteradamente, o diretor Augusto Pimenta ignorou a versão do Município de Santo Tirso, optando por escrever mentiras e informações sem fundamento e atentatórias do bom nome da Câmara Municipal.
E mais: não contente por tentar intencionalmente calar a Câmara Municipal, o que atenta contra a conduta imparcial e independente a que está vinculado um profissional de Comunicação Social, o diretor do Notícias de Santo Tirso lançou mão de um conjunto de manobras dilatórias com o objetivo de impedir o exercício do direito de resposta ao Município de Santo Tirso.
Num Estado de Direito democrático, a Câmara Municipal, impotente para repor a verdade face às notícias difamatórias publicadas pelo diretor daquele órgão de Comunicação Social local, teve, em desespero de causa, de chamar a atenção das entidades que supervisionam a atividade jornalística em Portugal para os atropelos que estavam a ser praticados por este jornalista.
Infelizmente, para o jornalismo e para a Democracia, a Câmara Municipal tinha razão.
Não é jornalismo, nem liberdade de expressão atacar sem provas, sob o anonimato ou atacar a dignidade pessoal e o direito ao bom nome – é colocar o jornalismo ao serviço de outros interesses e covardia.
É contra isso que a Câmara Municipal sempre lutará. Pela liberdade de expressão. Pela Democracia.
É contra isso que também o Sindicato dos Jornalistas luta, como se pôde aferir pela forma como decorreram os trabalhos do Congresso dos Jornalistas realizado recentemente em Lisboa. E pela forma como o Conselho Deontológico critica a conduta profissional do diretor do Notícias de Santo Tirso em relação ao tratamento que tem dado à Câmara Municipal.
