Anúncio foi feito esta quarta-feira pelo presidente da câmara, Joaquim Couto
A Câmara Municipal de Santo Tirso anunciou esta quarta-feira, em conferência de imprensa, a selagem do aterro sanitário, localizado em Santa Cristina do Couto. O recinto será agora transformado num espaço verde, dando simultaneamente resposta a um antigo desagrado da população.
Depois de encerrado em outubro de 2016, o aterro sanitário que serve Santo Tirso e outros concelhos do Vale do Ave está agora em fase de selagem, para dar lugar a um espaço verde. Em declarações aos jornalistas, o presidente da Câmara Municipal, Joaquim Couto, afirmou que se abre um novo ciclo: “Este é um desfecho muito importante para o concelho e para o Vale do Ave, porque se fecha um ciclo. Foi construído nos anos 90, e embora necessário e seguro, é uma infraestrutura que, sob o ponto de vista de imagem pública, nunca foi bem aceite pela população. É, por isso, importante que este processo tenha um bom fim”.
A infraestrutura, gerida pela Resinorte — Sistema Multimunicipal de Triagem, Recolha, Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos do Norte Central, servia concelhos como Santo Tirso, Trofa, Vila Nova de Famalicão e Guimarães, que têm, agora, criadas alternativas e novos procedimentos para o depósito e tratamento de lixo.
No espaço, com vários hectares, vai manter-se a Estação de Recuperação de Energia e o Ecocentro. Segundo Joaquim Couto, a Resinorte já entregou ao Ministério do Ambiente um projeto de requalificação que será acompanhado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).
“Esta intervenção inclui a verificação dos abatimentos, a recuperação arbórea e ambiental e a preparação do espaço para fins públicos, que pode passar pela fruição da população. É prematuro falar de uma finalidade. É um programa de reconversão e vigilância para 30 anos”, acrescentou o autarca.
A selagem da infraestrutura será faseada, com uma primeira fase a ser desenvolvida num período de quatro a seis anos. Esta primeira etapa envolverá operações de acomodação e consolidação das massas de resíduos e de preparação para a selagem definitiva, que só se iniciará após a estabilização dos assentamentos da massa de resíduos.
Numa segunda fase, serão aplicadas diferentes camadas de materiais (camada de recolha e gases, de impermeabilização, drenagem e cobertura), procedendo-se à recuperação e integração paisagística da área ocupada por resíduos. Após a selagem, a Resinorte ficará obrigada, por lei, a proceder à manutenção e controlo do aterro, por um período de 30 anos, designadamente a efetuar a monitorização das emissões poluentes para a atmosfera.